Opinião Palestrina: De fato é campeão
Na noite deste domingo (7), o Palmeiras sagrou-se tetracampeão da Copa do Brasil, contra o Grêmio, no Allianz Parque. Paulistinha, Copa do Brasil e Libertadores. Só. A mais importante? Não. Porém, foi, certamente, a temporada mais vencedora que os olhos palmeirenses nascidos do ano 2000 em diante presenciaram. Quiçá, desde aqueles surgidos em 1914.
Sob tal ótica, após a taça levantada, PVC defendeu exatamente essa tese. Questionaram-no se a equipe atual é melhor que 1993. A resposta foi devidamente negativa. A escalação da segunda final do Paulistão (logo em cima deles…) desse ano: Sérgio; Mazinho, Antonio Carlos, Clebão e Roberto Carlos; Daniel, César Sampaio, Zinho e Edílson; Edmundo e Evair. Tal esquadrão é mais técnico que o atual: Weverton; Marcos Rocha, Luan (Empereur), Goméz e Viña; Felipe Melo, Zé Rafael e Veiga; Rony, Luiz Adriano e Wesley. Aquele time, contudo, foi o responsável por tirar o Verdão da longa fila de 16 anos. Faturou, além do estadual, Campeonato Brasileiro e Torneio Rio-São Paulo. Em 1993, o Palmeiras viveu a temporada mais importante. Em 2020/21, provavelmente a mais vencedora.
Nesse sentido, cita-se que, na era Crefisa, foi o ano no qual a torcida menos tinha expectativa. Elenco jovem, com inúmeros atletas formados na Academia de Futebol e poucas contratações. Uma mudança de filosofia dentro Departamento de Futebol, em comparação quando ele estava nas mãos do bom profissional Alexandre Mattos. Eram tantos meninos que um deles até carregava o termo no nome. De forma admirável, Gabriel Menino marcou o segundo gol na vitória deste domingo.
Patrick de Paula, outro garoto, bateu o último pênalti contra Cássio. Entretanto, o outro, e mais relevante, herói improvável foi Breno Lopes, contra o time da praia. O lançamento de Danilo, o cruzamento de Rony e o cabeceio magistral de Lopes jamais sairão da memória do palmeirense. Em 2020, após cinco participações seguidas frustradas no campeonato, o Palmeiras conquistou a Obsessão. A Glória Eterna. Ainda, o alviverde goleou o maior rival com um sonoro 4 x 0. Desde 2009, quando Obina marcou um hat trick, um dérbi não tinha um placar com três gols ou mais de diferença.
Este espaço é reservado também a agradecimentos a Luxemburgo, que bem geriu a entrada dos jogadores da base ao time, e, principalmente, a Abel Ferreira. O português que, mesmo sem tempo para treinos ou ver a família do outro lado do Atlântico, levou o Palestra (“Avanti, Palestra!”) a notáveis títulos.
Em suma, a conquista da Copa do Brasil premia um clube bem gerido financeiramente em terríveis tempos pandêmicos. A temporada mais importante? Não. A mais vencedora? Provavelmente. O maior clube do Brasil é, de fato, campeão.