Un día como hoy: Palmeiras era eneacampeão brasileiro
Dia 27 de novembro de 2016 está cravado na história da Sociedade Esportiva Palmeiras como a data que marca para o clube o fim de um jejum de 22 anos sem conquistar o Campeonato Brasileiro, algo nunca antes vivenciado pelo Alviverde. O eneacampeonato que completa hoje quatro anos, coroou o Palmeiras isoladamente como o maior campeão brasileiro.
Para contar a história de quando o país foi pintado de verde e branco pela nona vez, é interessante voltar algumas décadas e lembrar o time de Djalma Santos, Julinho Botelho e cia que venceu a Taça Brasil em 1960; das Academias lideradas por Ademir da Guia que conquistaram a dobradinha em 1967 com Torneio Roberto Gomes Pedrosa e novamente Taça Brasil, mais uma vez o Robertão em 1969 e o bi-Brasileiro em 72/73. Nos primeiros 14 anos em que foram disputadas taças nacionais no Brasil, o Verdão já havia levado seis delas para o Parque Antarctica. Vinte anos mais tarde, mais um bicampeonato, em 1993 e 1994 o esquadrão comandado por Vanderlei Luxemburgo brilhou trazendo o sétimo e oitavo títulos brasileiros para o Palmeiras. E então vêm os 22 anos…
Para um clube acostumado a ser campeão, o que viveu o Palmeiras a partir da virada do século foi um enorme pesadelo: dois rebaixamentos em 2002 e 2012; em 2014, ano do centenário e com estádio novo, logo após o retorno à elite, quase a terceira queda. A direção do clube então tomou drásticas e necessárias medidas, fazendo uma reformulação quase completa no elenco para a temporada de 2015, onde dois dos poucos que permaneceram são protagonistas da conquista que faz aniversário hoje: os goleiros Fernando Prass e Jailson. No final daquele ano, veio a redenção numa noite em que Prass teve sua imagem levantada em mosaico na arquibancada e converteu o pênalti que garantiu a Copa do Brasil para o Verdão.
Já em 2016 apesar das expectativas, o início de temporada não foi bom, após má campanha na fase de grupos da Copa Libertadores, o clube demite Marcelo Oliveira do comando técnico e traz Cuca para o cargo. O novo treinador em suas primeiras semanas de trabalho não consegue a façanha que seria se classificar para o mata-mata continental, tampouco passar pelo Santos na semifinal do Campeonato Paulista, porém, minutos após a eliminação no estadual Cuca faz uma promessa ousada ao torcedor palmeirense: “Vamos ser campeões brasileiros”. Ele estava prometendo o fim da espera de 22 anos, demonstrando extrema confiança no grupo que tinha sob seu comando.
Na estreia da competição o time ressaltou em campo a afirmação do treinador e aplicou uma goleada por 4 a 0 no Athletico-PR em casa, quando já brilhava a estrela de Gabriel Jesus, a joia de 19 anos que três meses depois assumiria a camisa 9 da seleção brasileira, marcou dois gols naquela tarde de domingo. Após certa instabilidade nas partidas seguintes, foi entre a 5ª e 7ª rodadas que o Palmeiras emplacou três vitórias consecutivas daquelas de quem realmente ia brigar pelo caneco: bateu o Grêmio por 4 a 3 no Pacaembu, o concorrente ao título Flamengo por 2 a 1 em Brasília e o rival Corinthians – dia 12 de junho – por 1 a 0 no Allianz Parque.
Daí em diante, atuações consistentes levaram o time à liderança da competição e à quebra de um tabu histórico em Porto Alegre: na 15ª rodada, o Palmeiras venceu o Internacional no Beira-Rio como não fazia desde 1997. No entanto, após esta partida, Gabriel Jesus e Fernando Prass viajaram para defender a seleção brasileira nos Jogos Olímpicos do Rio e a equipe passou a ter problemas, ficando três partidas seguidas sem vitórias contra Atlético-MG, Botafogo e Chapecoense.