O ano de 2016 ainda nem começou e já promete muita polêmica nos bastidores do futebol paraense. Tudo por conta da mudança no regulamento da Copa Verde pela CBF.
Pra tentarmos entender, vamos aos fatos:
No regulamento da Copa Verde 2014 e 2015 o critério de participação dos clubes na competição era a colocação no Campeonato Estadual anterior. Como a Federação Paraense tem o melhor posicionamento no Ranking Nacional das Federações, o Pará tem direito a 3 vagas, ou seja, o campeão, o vice e o 3º colocado no Estadual.
Em 2014, participaram da competição: Paysandu (campeão estadual 2013), Paragominas (vice) e Remo (3º colocado).
Em 2015, os clubes participantes foram: Remo (campeão estadual 2014), Paysandu (vice) e Independente (3º colocado).
No Campeonato Paraense 2015 os três primeiros colocados foram: Remo (campeão), Independente (vice) e Parauapebas (3º lugar), o que lhes garantiria vaga à Copa Verde 2016, ficando de fora o Paysandu (4º lugar no estadual).
A polêmica toda começou no dia 8/12, quando a CBF anunciou mudanças no regulamento da Copa Verde 2016, alterando o critério na participação dos clubes.
Dessa vez, apenas o campeão estadual teria direito a uma vaga. E o restante seria preenchido de acordo com o Ranking Nacional de Clubes (RNC) ou conforme Ranking Nacional de Federações (RNF).
Com a mudança, o Pará teria como representantes: Remo (campeão estadual), Paysandu (Melhor colocado no RNC) e Águia de Marabá (2º melhor colocado no RNC). Ficando de fora Independente e Parauapebas.
Na sexta (18), o Indepentende de Tucuruí acionou a Justiça para tentar reaver uma vaga na Copa Verde 2016, representado (coincidência ou não) pelo advogado André Cavalcante, atual candidato à Presidência do Clube do Remo, o qual através de torcedores e dirigentes expressaram via redes sociais total insatisfação com a alteração do regulamento e inclusão do Paysandu.
O advogado do Independente, de acordo com entrevista ao GE, alega o seguinte:
– Entramos com um mandado de garantia na sexta-feira passada. Na nossa análise, o Ranking Nacional não é critério para entrar na competição e, por lei, mesmo que o regulamento fosse alterado, não se pode fazer isso de uma hora para outra. A aplicação deveria ser feita apenas para 2017, pois para 2016 clubes já estavam classificados e contando com a competição em seus orçamentos. Da forma como foi feita, pode haver manipulação de clubes para entrar no torneio
É compreensível toda essa “choradeira” devido a inclusão do Paysandu, por parte do 3º maior clube do Pará atualmente, pois segundo o Ranking Nacional de Clubes o nosso maior rival é o Águia de Marabá.
Mas, esquecendo um pouco a paixão clubista, e analisando os documentos legais em vigor, vamos destacar alguns artigos do Estatuto do Torcedor para que possamos identificar se o que alega o advogado do Independente é procedente: