Balcão de Negócios Ponte Preta.
E não é que ele continua firme e forte com o passar dos anos?! Recentemente, o elenco da Ponte Preta despediu-se de mais um jogador identificado com a torcida e de forma gratuita, Alexandro – o Macacão deixou o clube pra jogar no Catar. E o que a Ponte Preta ganharia com isso? Nada, absolutamente nada, meus caros torcedores fanáticos, é mais um jogador que foi colocado na Ponte Preta por empresários e que iria embora gratuitamente, digo iria porque o jogador foi reprovado nos exames médicos e voltou a Ponte Preta que é feita de gato e sapato por empresários da bola.
A questão é a seguinte: quando que os dirigentes brasileiros vão enxergar que a saída do nosso futebol está em os clubes deterem o controle sob os jogadores e terem 100% do direito econômico e federativo do atleta? Explico: a Ponte Preta, em 2015, montou um ótimo time, com bons jogadores, jogadores escolhidos a dedo, porém todos com péssimos contratos feitos pelo clube. Se você acredita no potencial de um Marcelo Lomba, por exemplo, você não o trás por empréstimo, e sim de forma definitiva, algo que o Bahia queria em 2014 após o rebaixamento: rescindir com o jogador pelo seu alto custo e o mesmo assinaria com a Ponte, que não o quis por medo, e esse ano após sua ótima temporada virou indispensável para o Bahia buscar a volta a Série A. Você não mantém um lateral titular como o Rodinei se destacando e não sendo da Ponte Preta, pois ele vai jogar, se valorizar e ir embora sem deixar nada para o clube em troca.
Pablo foi negociado com o Bordeaux (FRA) por $6 milhões de Euros, o que equivale a mais de R$ 24 milhões de Reais, e deixando a migalha de apenas 20% do valor da negociação, César também zagueiro foi negociado recentemente com o Benfica (POR) por $4 milhões de Euros, mais de R$ 16 milhões de Reais, com a Ponte ficando apenas com 15% do valor da negociação, Fernando Bob, ídolo recente e que a Ponte Preta não quis investir apenas R$ 500 mil reais em 10 pagamentos ao Fluminense e preferiu passar para empresários que controlam o SERV Hortolândia e o repassou por empréstimo a Ponte, onde ela pagaria os salários, utilizaria o jogador, porém em uma futura negociação onde ela perdeu seu capitão e ídolo o clube fica a ver navios e não recebe uma compensação financeira pra que possa suprir a saída do mesmo, Biro Biro e tantos e tantos outros que passaram pelo Moisés Lucarelli nos últimos anos.
O clube tem que ter 100% dos direitos dos seus jogadores! “Ah, mas é difícil atrair bons jogadores assim!”. Desculpa, mas isso é conversa fiada! Se empresário de jogador A, B ou C não quiserem aceitar tais condições que contrate outro jogador, se todos os clubes exigissem isso os empresários não teriam mais espaço no nosso futebol, e não lucrariam com todas essas transações todos os anos – deixando o nosso futebol cada vez mais quebrado, assim com fizeram com o futebol do Uruguai. Vocês conhecem algum clube europeu que não trabalhe neste formato? Você já imaginou um Barcelona que não tenha os direitos do Messi, e que o empresário dele a todo momento forçasse uma venda, pois o mesmo teria 80% do valor do jogador.
Recentemente, vimos o Corinthians perder 6 jogadores titulares do time que encantou o Brasil e foi campeão nacional pra China, por terem cláusulas baixas de rescisão e o clube ficando com 10%, 20% dos valores, o único contrato bem feito era do zagueiro Gil onde foi vendido por $10 milhões de Euros e o clube detinha 90% do jogador. Na minha visão, sendo assim, é aceitável, pois o clube com mais de R$40 milhões de reais consegue ir para o mercado e trazer um zagueiro do mesmo nível e não deixar o time cair de produção.
Quem sabe um dia a Ponte Preta possa brigar de verdade pelo sonhado título, fazer assim como o Leicester (ING) que encanta o mundo ao brigar com os gigantes e liderar a poderosa Premier League. Não precisa ser nem um Campeonato Brasileiro, mas com um clube forte brigaríamos sim por uma Copa do Brasil, Copa Sul-americana, Campeonato Paulista de tantos e tantos vice-campeonatos.