Abel Ferreira diz que árbitro pediu desculpas aos jogadores após expulsão polêmica

Além do pedido de desculpas, após expulsão polêmica de Patrick de Paula, técnico afirma que decisão foi feita pelo bandeira, Rodrigo Correa

Após a derrota para o Atlético-MG, no último sábado (14), no Mineirão, o técnico Abel Ferreira não poupou a equipe de arbitragem da partida que, para o treinador, teve ligação direta para determinar o resultado da partida.

Segundo Abel, o árbitro da partida, Bruno Arleu de Araújo, não iria dar o segundo amarelo para o volante Patrick de Paula, mas foi chamado pelo bandeira, Rodrigo Correa, que recomendou a expulsão do palmeirense:

– Hoje tinha tudo para ser um grande jogo, contra uma grande equipe que é o Atlético-MG, bem orientada, com grandes jogadores, fez um grande investimento neste ano. Tínhamos uma estratégia bem definida, mas infelizmente teve uma equipe dentro de campo que não esteve à altura destas duas equipes e por incrível que pareça não foi o árbitro, o Bruno. Foi o bandeira, o assistente, o senhor Rodrigo Correa. O árbitro da partida tinha tomado uma boa decisão em não dar amarelo ao Patrick, mas não sei por que, o bandeira a 40 ou 50 metros, é ele quem dá instruções ao senhor Bruno para expulsar o Patrick de Paula.
As imagens são claras, o Patrick de Paula não toca no jogador adversário. O problema não foi só esse. Este mesmo senhor, Rodrigo Correa, ele me expulsou, também. Não estava satisfeito a ficar a 40, 50 metros quando o árbitro decidiu bem em deixar seguir. O assistente fez questão de expulsar o Patrick e no momento seguinte expulsar o treinador – afirmou.

Abel foi além, afirmando que o juiz assumiu o erro aos jogadores e se desculpou após a partida:

– E digo mais: o árbitro percebeu que errou e errou feio. E pediu desculpa aos nossos jogadores. Mas agora não adianta, tem muita coisa em jogo, dinheiro em jogo, títulos em jogo, nosso trabalho, dedicação, nossos torcedores que torcem pelo nosso melhor desempenho. Há um lance capital, com influência direta no desenrolar do jogo – completou.

O lance referido por Abel, aconteceu aos 35 minutos do primeiro tempo, quando a partida ainda estava empatada em 0x0. Na ocasião, o volante palmeirense, escorregou e acertou Jair, em uma jogada em que a equipe atleticana já se preparava para sequência em um ataque promissor. Chamado pelo bandeira, o árbitro parou o jogo e decidiu aplicar o segundo amarelo em Patrick de Paula. Como não foi um lance para expulsão direta, o VAR não foi acionado:

– O senhor Rodrigo Correa quis ser o protagonista do jogo, o árbitro tomou uma decisão. Não só expulsou o Patrick, achou que o técnico tinha de ser expulso porque reclamou que o Patrick tinha escorregado. Às vezes todos temos dentro de nós um pouco de arrogância e assumo minha parte, porque também a tenho. Quando eu arrumo, assumo e dou a cara. O árbitro foi ao meu capitão, pediu desculpas, mas ficamos sem três pontos. Tivemos de correr muito tempo só com dez. Mas o que não nos mata nos torna mais fortes.

Por fim, o mandatário palmeirense lamentou o resultado da partida e novamente atribuiu ao árbitro o erro que foi determinante no resultado da partida:

– Este erro pode nos custar mais coisas no ano. Pena que tinha tudo para ser um grande espetáculo, com duas grandes equipes, o público merece ver grandes jogos em casa. Mas hoje houve um lance que interferiu de maneira decisiva no desenrolar do jogo – finalizou.

Com a derrota para o Atlético-MG, o Palmeiras viu diferença para a liderança aumentar para 5 pontos. Agora, o Verdão volta suas atenções para o confronto diante do São Paulo, na próxima terça-feira (17), pela Libertadores. Com o empate na última semana, no Morumbi, por 1×1, o Palmeiras começa a partida classificado, tendo a vantagem de seguir para a próxima fase com um empate sem gols.