Com gosto de derrota: O polêmico empate no Morumbi
Com vantagem absurda nas estatísticas na melhor partida do ano até aqui, o São Paulo sofre com a arbitragem questionável e termina a partida com o amargo 1 a 1 para digerir
Se fosse falar do jogo deixando de lado o placar, não seria exagero dizer que o São Paulo goleou o Novorizontino. Em casa e defendendo invencibilidade no ano, o São Paulo foi a campo novamente com o que tinha de melhor e teve, em volume de jogo, o seu melhor desempenho. Mais de 30 finalizações, 70% de posse de bola, 543 passes trocados com uma precisão de 88% e 15 escanteios a favor.
Seria muito difícil apresentar esses números à alguém e esse alguém achar que o resultado foi diferente de uma vitória robusta e elástica do tricolor paulista, não é? Pois é, mas na realidade o que aconteceu foi um 1 a 1 que simplesmente tirou o torcedor do sério.
O time comandado por Fernando Diniz executou quase que perfeitamente o seu jogo. Ofensivo, com trocas de passe, transições bem feitas, inversões de jogo, tabelas e, principalmente, finalizações e muitas com perigo. Esse fica como um exemplo de como o futebol é feito de acasos e que nem sempre se analisa com lógica. O adversário não foi mal. Inferior tecnicamente com equipe mista e dentro de sua proposta de contra-ataque, o Novorizontino chegou a ameaçar algumas vezes no primeiro tempo, com Cléo Silva em velocidade pela direita do ataque dos visitantes, porém pouco tinha sucesso e o São Paulo, mais volumoso, controlava o jogo e se impunha com solidez, nem mesmo o apagão, que durou cerca de 2 minutos no estádio do Morumbi, foi o suficiente para conter o avanço tricolor. Alexandre Pato foi o destaque da primeira etapa. Novamente com muita movimentação e ‘fome’, o atacante tricolor chegou a fazer 2 gols, porém ambos foram anulados pela arbitragem.
Com mais do mesmo ritmo, o São Paulo continuou detendo as melhores chances do jogo, porém foi numa escapada, em contra-ataque, que o adversário marcou. Aos 26 minutos, Higor recebeu dentro da área e tocou com frieza na saída de Tiago Volpi para abrir o placar. Com a partida ganhando ares cada vez mais dramáticos, Fernando Diniz acionou Everton e Toró nos lugares de Juanfran e Hernanes, minutos depois de substituir Pato por Brenner. Com a bola parecendo cada vez mais difícil de entrar, o tricolor insistiu incansavelmente até que, aos 41′, Vitor Bueno cruzou e a bola passou por todos dentro da pequena área até encontrar Brenner, que entrou com bola e tudo e saiu eufórico para alívio da equipe e do torcedor.
Injusto, o placar termina empatado no 1 a 1 e o tricolor, apesar de manter-se invicto, ficou com o gosto ruim na boca de uma partida onde mereceu vencer.