Chamada de “A final do Mundo”River Plate e Boca Juniors decidem nesse sábado (24), no Monumental de Nuñez, às 18h (horário de Brasília), quem ficará com a Taça Libertadores da América.
No primeiro jogo, realizado na Bombonera, no dia 11, as duas equipes empataram em 2 a 2. Dessa maneira, quem vencer leva a taça. Em caso de novo empate, por não ter o gol qualificado como o critério de desempate, o campeão será conhecido na disputa de pênaltis.
Essa será a última edição da competição com decisão em sistema de ida e volta. A partir de 2019 os organizadores pretendem realizar a final em jogo único e local neutro. Santiago, no Chile, será a sede da primeira final da Libertadores em jogo único e em local neutro.
Como foi o primeiro jogo:
Num jogo eletrizante, com a Bombonera lotada, Boca e River fizeram um jogo equilibrado. O Boca Juniors esteve por duas vezes em vantagem no placar. O time de Schelotto abriu o placar aos 34 minutos do primeiro tempo com Ábila. No minuto seguinte, na saída de bola, Lucas Pratto deixou tudo igual. No final do primeiro tempo, Benedetto, herói da classificação para a final, quando eliminou o Palmeiras marcando três gols, colocou sua equipe em vantagem. No segundo tempo, aos 16 minutos, o zagueiro Izquierdo, em disputa de bola com Lucas Pratto, marcou gol contra de cabeça e decretou o placar final na Bombonera.
Caminho do River Plate até a final
Sem jogar desde o primeiro jogo da final, o River Plate chegou à final da Libertadores com uma campanha consistente, perdendo apenas um jogo, que foi o primeiro da semifinal, quando foi derrotado pelo Grêmio, em casa
Na primeira fase, ao lado de Flamengo, Emelec e Santa Fé, no Grupo 4, o time de Marcelo Gallardo se classificou em primeiro, com o rubro-negro carioca ficando em segundo. O River conquistou 12 pontos com três vitórias e três empates.
Nas oitavas de final, teve seu primeiro clássico argentino no torneio. Encarou o Racing realizando a primeira partida no estádio do rival. Arrancou empate sem gols. No jogo de volta, aproveitou-se do apoio de sua torcida no Monumental de Nuñez para golear por 3 a 0 e passar para a próxima fase.
Nas quartas de final mais um adversário argentino. Dessa vez o rival foi o Independiente. Nova igualdade sem gols no primeiro jogo. No segundo, em casa, o River venceu por 3 a 1 e garantiu a vaga nas semi.
Nas semifinais, o River enfrentou o Grêmio, atual campeão da Libertadores. Com campanha inferior ao time gaúcho, o River fez o primeiro jogo em seu estádio. No Monumental de Nuñez, o River Plate conheceu sua primeira derrota na competição. O Grêmio venceu por 1 a 0. No segundo confronto, em Porto Alegre, os gaúchos abriram o marcador. Os argentinos, no entanto, reagiram e viraram para 2 a 1, marcando o segundo tempo nos minutos finais em cobrança de pênalti de Pity Martínez.
Caminho do Boca Juniors até a final
Diferente do seu rival, o Boca Juniors jogou após a primeira partida da final. O time de Benedetto e companhia enfrentou o Patronato, no último dia 17, cumprindo compromisso atrasado pela Superliga da Argentina. Jogando em casa, o Boca venceu por 1 a 0, alcançando 21 pontos (seis vitórias, três empates e três derrotas) na competição. É o sexto colocado. O River, com dez partidas, duas a menos, tem 16 pontos (quatro vitórias, quatro empates e duas derrotas) e está no décimo primeiro lugar.
Na Libertadores, o time ficou muito próximo da eliminação na primeira fase. Chegou à rodada final da etapa de grupos precisando de uma combinação de resultados para avançar. O time de Buenos Aires não apenas precisava superar o eliminado Alianza Lima, do Peru, a quem terminou goleando pelo placar de 5 a 0, mas necessitava que o Palmeiras, já classificado, derrotasse o Atlético Júnior, da Colômbia. O verdão fez sua parte, vencendo por 3 a 1, se classificando em primeiro do grupo 8, com 16 pontos e o Boca conseguiu passar para as oitavas de final em segundo lugar com 9 pontos ganhos (duas vitórias, três empates e uma derrota), ficando dois pontos a mais que o time colombiano.
Na fase de mata-mata, o Boca Juniors voltou arrasador. Venceu em casa o Libertad, do Paraguai, na primeira partida das oitavas de final, em casa, por 2 a 0, e na segunda partida, em Assunção, goleou por 4 a 2, passando de fase.
Nas quartas de final, o Boca teve o Cruzeiro como rival. Na La Bombonera, fez 2 a 0 e no Mineirão, no jogo da volta, só administrou a vantagem e garantiu a classificação com um empate em 1 a 1.
Nas semifinais, o Boca conseguiu novamente usar o fator casa a seu favor e conseguiu vencer o Palmeiras por 2 a 0, com dois gols de Benedetto, que saiu do banco de reservas para decidir a partida. No jogo de volta, na Arena Palmeiras, o Boca garantiu a vaga na grande final ao ficar no empate em 2 a 2, com o time de Felipão.
Como vem o River Plate para a grande final:
Para a grande final, Marcelo Gallardo, treinador do River Plate, não poderá contar com o atacante Borré, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Gallardo faz mistério e não confirmou o substituto. O meia Quintero e o atacante Rodrigo Mora disputam a vaga. Desfalque no jogo de ida, em La Bombonera, o atacante Ignacio Scocco voltou a sofrer lesão na panturrilha direita e está fora da final. Quem está de volta é o volante Ponzio, que não jogou o primeiro jogo por estar lesionado
Durante os treinamentos, Gallardo testou a sua equipe com três formações táticas: o 3-5-2, o 4-3-2-1 e o 4-4-2. O último esquema deverá ser o escolhido por Gallardo
Provável escalação do River Plate:
Franco Armani; Montiel, Maidana, Pinola e Casco; Ignacio Fernández, Leonardo Ponzio, Exequiel Palacios e Enzo Pérez (Lucas Martínez) ; Gonzalo Pity Martínez e Lucas Pratto (Rodrigo Mora).
Como vem o Boca Juniors:
O Boca Juniors, que assim como o River Plate na primeira partida, não terá o apoio de sua torcida, pois o superclássico será disputado com torcida única. Para amenizar a sua ausência na grande final, os torcedores do Boca Juniors lotaram a Bombonera na última quinta-feira (23), durante o treino aberto realizado pelo time boquense.
Para a partida, o treinador Guillermo Barros Schelotto não terá o seu atacante Pavón, que se lesionou na primeira partida. Tudo indica que Benedetto irá substitui-lo. No gol, Andrada, que ficou fora da equipe desde que se machucou no jogo contra o Cruzeiro, no primeiro jogo das quartas de final, na Bombonera, ao se chocar com o zagueiro Dedé, está recuperado e poderá voltar a ser o titular. Caso Andrada seja escalado, Rossi, que o substituiu a altura, ficará como opção no banco de reservas
Provável escalação do Boca Juniors:
Andrada (Rossi); Jara, Izquierdoz, Magalán e Olaza; Barrios, Nandéz e Pablo Pérez; Villa, Benedetto e Ábila
Retrospecto do Superclássico:
Boca e River já se enfrentaram 371 vezes e o Boca Juniors tem 134 vitórias, contra 122 do River Plate, além de 115 empates. Pela Libertadores, o Boca Juniors também leva vantagem. Foram 10 vitórias contra sete derrotas e sete empates
Arbitragem:
O árbitro da grande final é o uruguaio Andres Cunha de 42 anos. Seus auxiliares são:
Árbitro assistente 1: Nicolas Taran (URU)
Árbitro assitente 2: Maurício Espinosa (URU)
Quarto árbitro: Victor H. Carrillo (PER)
VAR: Leodán Gonzalez (URU)
Auxiliar do VAR 1: Esteban Ostojich (URU)
Auxiliar do VAR 2: Richard Trindad (URU)
Observador VAR: Martin Vazquez
Assessor Internacional: Carlos Torres (PAR)
Local da Partida: Monumental de Nuñez – Buenos Aires
Horário: 18h (horário de Brasília)
Transmissão: SporTV e Fox Sports transmitem a partida ao vivo