Remo

Re-Pa completa 106 anos, o clássico mais disputado do mundo

Dia 14/06/1914 era realizado o primeiro Clássico-Rei da Amazônia, à época no estádio da firma Ferreira & Comandita, o atual estádio da Curuzu, do Paysandu Sport Club, a partida foi vencida pelo Clube do Remo, pelo placar de 2×1.

Ao longo desses 106 anos, Remo e Paysandu já se enfrentaram 753 vezes segundo o jornalista Ferreira da Costa, e 792 vezes segundo o historiador Jorginho Neves, independente de qual número considerar, é o confronto que mais se repetiu na história do futebol mundial.

Remo e Paysandu já protagonizaram inúmeras histórias curiosas, polêmicas, cômicas, pra todos os gostos, não se pode iniciar um assunto sobre Re-Pa, sem citar a tão sagrada chuva de Belém do Pará, que já foi protagonista de muitos clássicos, em especial no segundo clássico do Parazão de 2012, em que o gramado do Mangueirão parecia mais um piscinão, a partida terminou empatada em 0x0.

No primeiro jogo da final do 1° turno de 2014, 0x0 no placar, na reta final do 2° tempo, em meio a um ataque do Remo, um cachorro invadiu o gramado do Mangueirão e entrou na área do Paysandu, impedindo a sequência da jogada. Outro clássico marcante foi a estréia de Dadá Maravilha com a camisa bicolor, em 1979, Bira pelo Remo e Dadá pelo Paysandu apimentaram a semana do clássico com provocações sadias, o jogo terminou empatado em 1×1, com gols exatamente dos protagonistas Bira e Dadá Maravilha, a partida teve o maior público da história do Mangueirão, com mais de 70 mil torcedores.

Os clássicos Re-Pa mais memoráveis pra torcida bicolor são a maior goleada da história do confronto, 7×0 em 1945; a final do Parazão de 1971, em que o Remo abriu 2×0, o Paysandu empatou, levou a disputa pra prorrogação e virou pra 3×2; a final do Parazão de 1972, em que o Paysandu venceu por 1×0 no Baenão e o Remo colocou simplesmente 7 bolas na trave bicolor; a final do Parazão de 1992, Mendonça observou o goleiro Paulo Victor adiantado e praticamente do meio campo acertou um chute por cobertura fazendo 1×0 no placar e o gol do título; a quebra do tabú de 33 jogos do rival na vitória por 2×0 em 1997; o primeiro jogo da final do Parazão de 2001, quando os bicolores enfiaram uma goleada por 4×0 dentro do Baenão; por último o título de 2017, o confronto estava empatado, e Bergson aos 45 do 2° tempo fez 2×1, decretando o título bicolor.

Os clássicos Re-Pa mais memoráveis pra torcida azulina são o de 1975, quando o Remo venceu por 2×0, e na reta final do jogo o maior ídolo da história azulina, Alcino, driblou dois defensores, driblou o goleiro, e em cima da linha sentou em cima da bola, provocando os rivais; em 1993 o Remo vencia por 1×0 com gol do folclórico Biro Biro, no ataque remista Tarcísio acertou a bola na trave e o muro com o alambrado do estádio da Curuzu veio abaixo; em 1996 quando o duelo estava empatado em 1×1, o árbitro marcou pênalti pro Remo, os jogadores bicolores não aceitaram a marcação e foram embora para os vestiários, desistindo da partida, perdendo o jogo por W.O; o 33° jogo do maior tabú da história dos clássicos estaduais, o Remo estava sem treinador, os atletas Agnaldo e Belterra estavam interinamente no comando e ao mesmo tempo jogando, os bicolores venciam por 1×0 até aos 30 do 2°, quando os azulinos viraram pra 3×1 e conquistaram o 1° turno do Parazão 1997, aumentando a marca do histórico tabú; o primeiro jogo da decisão do 3° lugar pelo Módulo Amarelo da Copa João Havelange de 2000, hat-trick de Robinho, o Robigol, e o Remo venceu por 3×2; a final do Parazão 2004, Remo 2×0 e título com 100% de aproveitamento; e o jogo de volta das semi-finais da Copa Verde 2015, o Paysandu havia vencido o jogo de ida por 2×0, na volta o Remo heroicamente fez 2×0 no placar e conquistou a classificação a final nos pênaltis.

Leão e Papão são marcas registradas de Belém do Pará, depois do Círio de Nazaré é o evento mais emblemático do estado, o Re-Pa mexe com o brio dos paraenses e mesmo que não seja de forma oficial, mas pode ser considerado patrimônio cultural do estado do Pará.

Segundo os dados do jornalista Ferreira da Costa, Remo e Paysandu já se enfrentaram 753 vezes, com 261 vitórias do Remo, 236 vitórias do Paysandu e 256 empates, 955 gols marcados pelo Paysandu e 953 gols marcados pelo Remo.

Segundo os dados do historiador Jorginho Neves, Remo e Paysandu já se enfrentaram 792 vezes, com 274 vitórias do Remo, 247 vitórias do Paysandu e 270 empates, 1 jogo sem registro, 1002 gols marcados pelo Remo e 996 gols marcados pelo Paysandu.

Foto de capa: Clube do Remo.

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