História antiga com o mesmo desfecho: o supertime do River é bicampeão

River Plate e Flamengo decidirão a Libertadores da América no próximo dia 23, em Lima. Uma final histórica, a primeira vez com jogo único nesses 60 anos da maior competição de nosso continente. Como forma de entrar no clima, faremos uma série de matérias especiais relatando as finais dos times envolvidos. Dando continuidade a nossa série, trataremos do segundo título da Libertadores pelo lado Millionario: a final de 1996, vencida pelo supertime dos alvirrubros.

O objetivo é a de contar em forma de crônica a história do confronto final dessas Copas que esses dois clubes foram finalistas. Isso com todo o amor e a valorização que nossa Libertadores merece e nem sempre recebe. Leia agora sobre a segunda final entre River Plate e América de Cali, em 1996.

A caminhada até o novo confronto contra o América de Cali

O super esquadrão do River Plate, em sua caminhada até a final, não teve dificuldades. Na fase de grupos, enfrentando Minerven e Caracas (ambos da Venezuela) e o San Lorenzo – também da Argentina, sequer perdeu uma partida. Em seis jogos, os Millionarios conseguiram 14 pontos, sendo quatro vitórias e dois empates.

O uruguaio Francescoli seria um dos comandantes do título do River Plate. (Foto: Reprodução)

Nas fases de mata-mata, antes das finais, o River teve sua primeira derrota. Nas oitavas, o time de Buenos Aires enfrentou o Sporting Cristal, que seria finalista da competição no ano seguinte e que, no jogo de ida impôs dificuldade ao campeão daquele ano, vencendo por 2-1, em Lima. Entretanto, na partida de volta, o supertime do River Plate mostrou o que podia render e goleou o time peruano por 5-2, no Monumental de Nuñez.

O supertime do River Plate foi o melhor ataque da competição em 1996. (Foto: Reprodução)

Tanto nas quartas, quanto na semi, os Millionarios impuseram seu estilo de jogo e toda sua qualidade de elenco e se classificaram perante ao San Lorenzo (quartas) e Universidad de Chile (semi). O River chegava à quarta final de Copa Libertadores.

Encontro de velhos conhecidos com o mesmo final

O River Plate, no dia 19 de junho de 1996, iniciava sua caminhada na final em busca do bicampeonato da Copa Libertadores. O adversário foi um velho conhecido: o América de Cali – que havia sido derrotado pelo time argentino em 1986 (leia aqui).

River e América se reencontram dez anos depois do primeiro título Millionario.
(Foto: Reprodução)

O time do River Plate era algo absurdo. Com um trio de ataque composto por nada menos que Ortega, Hernán Crespo e o uruguaio Francescoli, o time argentino chegou a final com média superior a dois gols marcados por partida.

O América, por sua vez, queria a revanche de 1986. Na partida de ida, mesmo tecnicamente inferior, o time colombiano conseguiu vencer a equipe argentina por 1-0, em partida realizada em Cali. Ainda havia esperança pelo lado dos Diablos Rojos (apelido do América), mesmo com a tarefa complicadíssima de segurar o super ataque do River.

26 de junho de 1996. Mais 73 mil torcedores lotavam o Monumental de Nuñez para apoiar o River Plate em sua quarta final de Copa Libertadores. O jovem Hernán Crespo, na época com seus 20 anos de vida, mais uma vez decidiu. Com dois gols do jovem talento argentino, o River Plate vencia, novamente, o América de Cali em uma final de Libertadores, e sagrava-se bicampeão da competição.

A jovem promessa argentina, Crespo, decidiu na final de 96. (Foto: Reprodução)