Santa Cruz ultrapassa R$ 1 milhão em processos de ex-jogadores na justiça

Se o Santa Cruz estipulava zerar o débito trabalhista do clube em seis anos, até o momento não é isso que acontece. Entre saída de jogadores durante o ano de 2021, que ocorreu o rebaixamento para a Série D, alguns atletas acionaram o time na Justiça. No total de processos conhecidos e em tramitação, as causas batem mais de R$ 1 milhão.

Justificando vários fatores, entre o descumprimento de pagamento de salário, depósito de FGTS e não quitação de quantias acordadas com o clube após o distrato, o goleiro Luiz Fernando, o lateral direito Marcel, os volantes Everton Dias e Karl, os zagueiros Breno Calixto e Victor Oliveira, estão em litígio com o Tricolor.

Ao todo, os processos dão o valor expressivo de R$ 1.055.488,02 e pode ficar ainda maior. Isso porque, o jogador formado no Santa, Léo Gaúcho, colocou o clube na Justiça pedindo rescisão indireta de contrato – o processo, porém, corre em segredo na Vara do Trabalho. O zagueiro e também cria da base Eduardo Guedes teve a mesma atitude, mas entrou em acordo com o clube coral e treina normalmente junto ao elenco principal.

Também tiveram desistências durante a abertura de outros processos contra o Santa Cruz. Assim como no caso do atacante França, dispensado e que, sem chegar a um acordo, cobrou R$ 134 mil, porém retirou a ação posteriormente. O débito do clube com o volante Paulinho, também dispensado, foi acertado entre as partes e acordado no valor de R$ 200 mil.

Depois de Breno Calixto, ação de maior valor até o momento, chegando a quase meio milhão de reais, foi a vez do também zagueiro Victor Oliveira, que fez apenas três partidas pelo Santa Cruz, entrar em litígio com o Tricolor, cuja causa soma R$ 117.010,5.

Victor Oliveira acusa o Tricolor de “má fé e improbidade”, e diz que o Santa Cruz não honrou com o compromisso de quitar as quantias em atraso: salário do mês de agosto (R$ 15 mil nos 22 dias de setembro), 13º salário proporcional, férias proporcionais, além dos auxílios moradia do mês de agosto (R$ 2 mil), os 22 dias referentes ao mês de setembro, FGTS e contribuições previdenciárias

“O clube reclamado assumiu compromisso e obrigação de pagar ao reclamante o valor de R$30.334,00 (trinta mil e trezentos e trinta e quatro reais) a título de salários atrasados, acrescidos das verbas rescisórias de R$9.822,00 (nove mil e oitocentos e vinte e dois reais), com isso, resultaria no total de R$40.166,00 (quarenta mil e cento e sessenta e seis reais) a ser pagos – sendo que pagaria até a data de 30/09/2021 a quantia deR$25.000,00 (vinte e cinco mil reais) e o restante até a data de 30/10/2021 a quantia deR$15.166,00 (quinze mil e cento e sessenta e seis reais”, afirma.

“A Presidência e Diretoria de Futebol do Clube Reclamado se utilizou de ardil artifício para colher a assinatura do Reclamante no ‘TERMO DE DISTRATO E ACORDOEXTRAJUDICIAL ENTRE AS PARTES’, mas negou e recusou a entregar ao atleta uma via do referido instrumento de distrato, acima de tudo, mencionado instrumento de distrato não foi homologado judicialmente”, completou.