Análise: os pontos positivos e negativos do Santos contra o Flamengo
Apesar da derrota por 1 a 0 contra o Flamengo, neste domingo (30), na Vila Belmiro, o Santos apresentou evolução após uma semana inteira de trabalho: padrão de jogo, proposta clara e evidente, consciência na hora de armar as jogadas e imposição. É possível cravar que a atuação da equipe de Cuca diante o Rubro-Negro foi a melhor até no Campeonato Brasileiro 2020.
O Santos não se acovardou e se impôs. Com mudanças táticas visíveis, a equipe teve mais a bola nos pés, especialmente no primeiro tempo, e ficou nítido a evolução no quesito propor o jogo. Para contextualizar, o Peixe não teve bons inícios de jogos nas rodadas anteriores. Sofreu pressão, teve dificuldades de trocar passes e foi afunilado pelos adversários, fato que mudou contra o Fla.
Aspectos táticos
Jobson, substituto do suspenso Alison, jogou como uma espécie de terceiro zagueiro no momento da saída de bola. Se posicionou entre Lucas Veríssimo e Luan Peres e foi responsável pela fase inicial das jogadas. Apesar de alguns erros de decisão e perdas de bola significativas, não dá para deixar de lado sua capacidade de quebrar linhas, organizar melhor a saída e ser dinâmico. Ele precisa ser melhor lapidado, mas mostrou alguns lados positivos para a construção nesse setor.
Já Diego Pituca, que vem de jogos abaixo do esperado, rendeu melhor de volante. Ele se movimenta com mais facilidade e contribui com mais eficiência do que quando joga mais adiantado. Sua recuperação tem que se passar com a frequência de atuar neste setor, onde se sente muito confortável.
Uma mudança clara foi entre os laterais. Felipe Jonatan e Pará participaram ativamente da armação das jogadas caindo mais para o meio, onde auxiliaram os meias de ofícios e foram fundamentais para a superioridade numérica no setor em alguns momentos. Participaram de triangulações e criaram espaços no desenvolvimento das situações de jogo.