A cada capítulo, a situação da contratação do meia peruano Christhian Cueva só piora no Santos. O presidente José Carlos Peres, todas as vezes que é apontado ter contato ou relação com Renato Duprat, nega com veemência, que não é visto com bons olhos nos corredores da Vila Belmiro, após ter intermediado a parceria com a Doyen Sports, que acionou o Santos na justiça. As negativas por parte de Peres sobre sua relação com Duprat são imediatas, inclusive ao ser questionado em reunião do Conselho Deliberativo, sobre um possível encontro com o agente em um hotel de São Paulo, acompanhado de Cueva, na época da contratação, mesmo existindo uma foto de Peres com Renato Duprat no dia do acerto do contrato com Cueva, no final de janeiro.
De acordo com publicações da Gazeta Esportiva, por conversas via Whatsapp, José Carlos Peres falou com Rodrigo Japa, empresário de Cueva a respeito de uma comissão. “Não se esqueça em descobrir se o Renato recebeu a comissão do KASNADHAR (…) Descubra a data (…) Ele jura que não recebeu e ainda quis receber do Santos também”. Posteriormente, Peres chega admitir a participação de Renato Duprat, porém se defende dizendo que o trabalho do empresário na ocasião, não envolveu pagamento algum por parte do Santos. “Ele representou Cueva, porque na Rússia ele tem uma entrada forte. O Rodrigo (Ichikawa, conhecido como Rodrigo Japa) não era nem o empresário, eram dois caras que brigaram e saíram do negócio”. “Ele não intermediou pelo Santos. Nós não consideramos ele um agente nessa negociação. A gente não o considerou. Pelo Santos ele nunca negociou”.
O presidente santista ainda foi perguntado o porque dele não ter assumido o encontro com Renato Duprat na negociação que envolveu Cueva inicialmente, e agora admite a participação do empresário. “O Renato Duprat não me representa e não me representou. Eu não tenho nenhum empresário de estimação. E, como eu não tenho, eles (oposição do Clube) querem me ligar a este Renato Duprat. Não tenho nada e nem quero ter. Agora, o Renato Duprat trabalhou com o Laor, Odílio, Modesto Roma, com a Doyen, que é nojenta e me trouxe um problema muita grande. Eles querem me enfiar nesse balaio de gato”.
Sobre o contrato, o mesmo foi feito entre o Santos e Cueva, registrado e não estava com uma data prevista para o pagamento dos intermediários da negociação. Por conta disso, Rodrigo Japa, cobra o Santos que cumpra um combinado com José Carlos Peres para acertar a pendência. O documento tem data de 26 de janeiro de 2019, e afirma a comissão de 7% do valor acertado em 7 milhões de dólares (R$ 26 milhões na ocasião), o que renderia R$ 1.820 milhão ao empresário. Para o Santos, o documento não tem reconhecimento jurídico, por não fazer parte do contrato final, e deve manter sua postura de não pagar custos por intermediação à Rodrigo Japa, pois o estatuto santista afirma que o presidente, no caso José Carlos Peres, não tem poderes de comprometer o clube a pagar qualquer valor sem a consulta prévia do Comitê Gestor. “Talvez para segurar o negócio, isso é normal. Ele foi desonesto 1000%, bastava me procurar e conversar”, afirmou peres sobre o documento e a postura de Rodrigo Japa na ocasião.
Além das comissões, o Santos ainda deve a quantia de R$ 400 mil de luvas, que segundo Peres, foram retiradas do contrato na ocasião, para firmar o vínculo com o jogador. Por outro lado, no dia 15 março, Rodrigo Japa enviou via mensagem de texto a José Carlos Peres, uma mensagem cobrando o acordo feito em um hotel em São Paulo e, adiante, acabou citando o advogado Pedro Felipe Gomes da Silva e novamente cita Renato Duprat. “Pedro, inclusive acertei com Peres luvas e a comissão, Até agora, nada. Duprat me chamou um dia para saber qual empresa iria emitir a nota e ficou de definir o pagamento”. Como resposta, Pedro demonstrou surpresa com a situação. “Cara, isso de comissão precisa ver com o Presidente. Também não sei de comissão”. Na sequência, Rodrigo tentou fazer com que o advogado do Santos compreendesse a situação, com várias mensagens. “A comissão seria 10%, mas o Duprat falou que o Santos paga 7% de comissão e 400 mil de luvas e o presidente acompanhou tudo no hotel (…) Vê o dia aí para marcar com o Peres (…) E me avisa (…) Vamos resolver tudo, Pedro (…) Nunca dificultei nada, sempre querendo ajudar o Santos”.
O contrato firmado entre Santos e Christian Cueva garantia ao jogador auxílio moradia, que pagava o imóvel que morava na cidade, passagens aéreas para o jogador e família, bonificações em dinheiro por metas atingidas, como número de jogos como titular, gols, assistências e títulos. O jogador em 2020 não se apresentou ao Santos já no início do ano, quando alegou atrasos de pagamento e com uma ação na Fifa, conseguiu se transferir para o Pachuca, do México. Com isso, o Santos cobra na Fifa uma indenização, já que tem um vínculo com o jogador de três temporadas, e o primeiro ano seria por empréstimo, que custaria ao Santos 7 milhões de dólares, em três parcelas anuais, sem juros. Pelo Santos, Cueva jogou apenas 16 partidas, sem gols e assistências anotadas.
(Foto: Divulgação)
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