Conselho Fiscal do Santos aponta déficit milionário no 1º trimestre; veja valores
Se dentro de campo a situação do Santos preocupa, nos bastidores não está diferente. Durante a reunião do Conselho Deliberativo do clube, o Conselho Fiscal apresentou os números do primeiro trimestre, que apontam um déficit de R$ 1.161.365,00. O período avaliado é de 31 de dezembro de 2022 à 31 de março de 2023. A previsão para este período, seria um superávit de R$ 17.582.175,00.
A situação piora, quando foi apresentado a dívida total do clube, que está em R$ 712,1 milhões. Deste montante, R$ 356 milhões são a curto prazo, enquanto R$ 356,1, seriam a longo prazo. No entanto, o Santos tem a receber R$ 306,9 milhões. Deste montante, R$ 103,9 milhões são a curto prazo, enquanto R$ 203 milhões, são a longo prazo. Contudo, o patrimônio líquido indica um valor negativo de R$ 405.213.000,00. Em relação ao final de 2022, o valor aumentou R$ 1.213.000,00.
Um dos fatores que fizeram os gastos subirem, foi o aumento significativo na folha salarial. Ao todo, o aumento chegou a 25,06%, em relação ao 1º trimestre de 2022. O Santos ainda tem um gasto mensal de R$ 162 mil, de partes de salários de jogadores que estão emprestados a outros clubes.
CONSELHO INDICA A ‘SOLUÇÃO’
Contudo, o Conselho Fiscal orienta a venda imediata de jogadores do elenco, já na próxima janela de transferência. “Vemos um esforço digno da gestão, em cumprir os acordos do clube, mas ainda é muito pouco. O nosso clube não efetuou vendas significativas como planejado. Recebemos poucas propostas até o fechamento da janela de transferências, e as aquisições, salvo melhor juízo de nossa parte, não foram bem observadas. Nos transparece que os setores de inteligência e análise são sub-utilizados, fazendo com que os execuitvos tomem deisões a base de pressão do momento em campo. Estas ações nos trazem preocupações no decorrer de 2023 e precisamos vender alguns atletas, para mantermos nossas obrigações em dia e fazer cumprir o orçamento.”
No entanto, o Conselho Fiscal ainda apontou os gastos com jogadores emprestados, destacando a ineficiência nas negociações. “Observando a quantidade de atletas emprestados que o clube ainda arca com salários e obrigações, de forma não onerosa, comprova nossa ineficiência no mercado.”
Depois de apontar os valores preocupantes, o Conselho Fiscal apontou também os números arrecadados com os patrocínios. A previsão de arrecadar R$ 12,2 milhões, foi ultrapassada, com a arrecadação total de R$ 17,1 milhões, de janeiro à março. As negociações que encerraram o contrato com a PixBet e deram lugar à Blaze, aparecerão no segundo trimestre.