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Entrevista com Brena Carolina, meia das Sereias da Vila

Em entrevista ao Mercado do Futebol, a volante Brena contou um pouco da sua trajetória e da sua recuperação na expectativa de poder retornar logo aos gramados

Defeito? R: Bipolaridade

 Qualidade? R: Bom coração  

Um hobbie? R: Ouvir música 

Uma música? R: Não é o fim – Leonardo Borges

Um filme/série? R: Ponto cego

Uma cor? R: Preto 

Prato Preferido? R: Hambúrguer

Se não fosse jogadora gostaria de ser? R: Fotógrafa

MF: Como o futebol surgiu na sua vida como oportunidade e quando fez dele sua vida?

R: O futebol começou na minha vida desde berço, sempre fui grudada com bola em tudo que fazia, até dormia com bola, mas comecei mesmo com 7 anos jogando na escolinha, porém era só meninos. Eu fiquei nessa escolinha até os 15 anos jogando só com meninos, apenas em 2010, quando fui para o Vasco comecei a jogar com meninas e desde daquela época eu já sabia que futebol era minha vida. Eu sempre fui apaixonada pelo futebol e desde pequenininha sempre gostei muito.

MF: Qual foi a maior dificuldade que encontrou na sua trajetória? Sua família sempre te apoiou no seu sonho?

R: Eu digo que o atleta de futebol tem basicamente a mesma trajetória, só muda o nome e a pessoa porque a história é a mesma. Mas a maior dificuldade que tive no futebol está sendo agora, minha lesão no joelho, porém está sendo a que mais está me ensinando em relação à tudo. De início é muito difícil, tem sido, porém agora mais tranquilo. Quanto a minha família sempre me apoiou, graças a Deus com isso eu não sofri, sempre tive o apoio de toda minha família e dos meus amigos.

MF: O que mudou no cenário do futebol feminino desde quando começou comparado a hoje? O que ainda falta ainda melhorar em relação à horários, estrutura, condições e etc?

R: Converso com algumas meninas que são mais velhas e sempre comento que ela roeram mais osso que nós. Eu peguei futebol em uma época boa, é claro que tem muito para melhorar ainda, porém eu já peguei futebol feminino em uma época menos pior do que as meninas mais experientes pegaram. Tem melhorado muito, paramos agora por conta da pandemia, futebol feminino estava em evolução e agora deu uma caída. Infelizmente o futebol feminino que já não era tão valorizado comparado a futebol masculino acabamos sofremos um pouquinho. O que falta para melhorar são todos os clube terem um padrão, não adianta os 4 melhores de São Paulo terem o padrão ideal e os outros não. É necessário ter um padrão, mas de todas as equipes não só os times mais qualificados.

MF: Como lida com os preconceituosos ou brincadeiras machistas? 

R: Isso é algo que sofremos bastante. Graças a Deus eu sou uma pessoa bem tranquila, então eu tento não abstrair, deixo entrar por um ouvido e sair pelo outro porque não me acrescenta em nada, muito pelo contrário só dá mais força, mais vontade de continuar. Entretanto, eu tento deixar para lá, mas é triste, em pleno século XXI sofrermos preconceito pelo o que amamos fazer.

MF: Quem é sua inspiração na vida? E no futebol, possui algum(a) ídolo?

R: A minha inspiração é minha mãe, minha família. Tudo que eu faço é sempre para eles e por eles. Meu ídolo do futebol é o Neymar, não tem como ser outra pessoa, sou apaixonada.

MF: Qual é seu maior objetivo dentro da profissão?

R: Eu tinha alguns mas já pude realizar, chegar na seleção e jogar no Santos, agora meu objetivo tem sido focar só no meu coração. Todavia, sempre pensando no sonho que eu sempre tive desde criança que é jogar no Barcelona.