Erros de escalação e postura abaixo no Santos, veja a análise

Dá expectativa de uma boa estreia à frustração em uma derrota, que poderia ter sido até mais elástica. Esta foi a sensação da torcida santista, após o jogo de ontem, contra o Barcelona de Guayaquil, na Vila Belmiro, pela estreia na fase de grupos da Copa Libertadores. A derrota inclusive quebrou uma marca de 37 anos sem derrotas na Vila Belmiro, na fase de grupos da competição.

O técnico Ariel Holan trouxe a campo o time com o improviso do Pará no meio campo, como volante, o que não funcionou, já que o titular Sandry está fora por contusão, mas poderia ter entrado com Vinícius Balieiro, que é da posição. O meio campo, mais uma vez, pouco produziu, dando poucas opções ao ataque, que comandado por Marinho e Soteldo, pouco perigo levaram à meta adversária. Mesmo com as mudanças, o time continuou produzindo pouco, e a derrota foi inevitável.

Sobre as atuações, podemos dizer que o setor defensivo ficou exposto, já que o meio campo não cumpria as coberturas com eficiência. Os alas foram pouco efetivos nas jogadas ofensivas, e a criação do meio campo, mais uma vez, inexistiu. No ataque, o talento individual de Marinho e Soteldo ficou bem abaixo do que se espera de ambos, além da forma de jogar já está bem ‘manjada’, o que facilita a marcação adversária.

Agora para o Santos, é ‘juntar os cacos’, pois na próxima terça-feira, volta à competição para enfrentar o Boca Juniors na Argentina, e uma vitória fora dos seus domínios, será mais do que necessária, tanto para manter vivo o time na competição, quanto para elevar a moral dos jogadores.

OPINIÃO: Durante a coletiva, o técnico Ariel Holan chamou a responsabilidade da derrota para si, mas não se deve considerar que toda a culpa é dele. Ele errou sim, na escalação, quando colocou Pará no meio campo, onde de fato deveria ter entrado com o Vinícius Balieiro, oriundo da posição, e o Pará, de lateral era suficiente. E pode-se dizer que errou também na demora das substituições, além de deixar o jovem atacante Ângelo no banco, que poderia ser o único a mudar de fato o panorama da partida. A outra parte da culpa são dos jogadores sim! O time jogou com apatia, além de ter jogadores como Marinho e Soteldo, que estão mais preocupados em ‘cavar’ uma falta, do que seguir uma jogada, que pode inclusive virar uma jogada de gol. Deve-se lembrar que o técnico Ariel Holan, mesmo tendo alguns dias em Atibaia e podendo conhecer o elenco, tem pouco mais de dois meses a frente do Santos, e não pode se reforçar, devido ao Transferban. A paciência e a confiança na continuidade do trabalho não pode se acabar em apenas uma derrota, ou até mesmo em uma possível eliminação da competição.