|

O artilheiro do Santos no Brasileiro, em entrevista exclusiva ao MF

O apelido veio por conta do irmão, que era chamado de Xuxa, e como a apresentadora tem uma filha com o nome de Sasha, Eduardo Kolzenti Antunes herdou o ‘nome’ da filha da apresentadora. Destaque nas categorias de base do Inter e depois no Goiás, o atacante hoje vive um bom momento no Santos, o mesmo Santos que no início do ano havia colocado o jogador à disposição de negócios. Sasha é o nosso entrevistado do Mercado do Futebol, nesta semana

 

MF- O início promissor no Inter, depois a boa passagem pelo Goiás, como poderia descrever seu início de carreira?

Sasha: Venho de uma família humilde. Nasci no Rubem Berta. E nem sempre a família tinha condições para “bancar” a mim e meu irmão, nos dois jogávamos na época. Às vezes não tínhamos chuteira para jogar, e como Montserrat tinha gente com mais condições, conseguíamos um calçado emprestado. Eu sempre valorizei o que minha família fez por mim. Então, a cada oportunidade, eu fiz o meu melhor. Fui muito feliz no Internacional e também no Goiás. Aprendi muito.

 

MF- Todo jogador tem alguém que lhe deu a primeira oportunidade, a primeira pessoa que disse, “esse menino tem futuro”. Quem foi essa pessoa no início da sua carreira?

Sasha: Teve o meu primeiro treinador (Naco), ele me deu a primeira oportunidade de começar a jogar futebol de campo e viu ali que eu poderia ter um grande futuro.

 

MF- No Internacional, você esteve presente no Mundial e também na Série B, anos mais tarde. Como você avalia estas duas situações e suas dificuldades?

Sasha: Foram momentos muito distintos. Tive muitos bons momentos no Internacional como as conquistas dos títulos. Estão entre os mais importantes da minha vida. Mas também passei por situações delicadas, como a queda. Nessa época era só treino e casa, não dava para sair com a família. Pressão do torcedor. Poucos sabiam que eu não estava em condições plenas para jogar.

 

MF- Sua chegada no Santos em 2018 foi promissora e o contrato de empréstimo virou contrato em definitivo. Como você viu a experiência de atuar no futebol paulista?

Sasha: Tinha consciência que era hora de deixar o Internacional. Defender outro grande clube do Brasil, que é o Santos, veio no momento certo.

 

MF- Todo jogador tem por desejo, chegar à Seleção Brasileira. Como você vê a Seleção hoje? Você se vê próximo de conquistar tal objetivo?

Sasha: A Seleção está bem servida, tem jogadores incríveis e como você mesmo disse todo jogador almeja um dia defender o seu país pela Seleção Brasileira. Comigo não é diferente, mas primeiro eu tenho que pensar no Santos e fazer o meu melhor aqui. É preciso se destacar no clube em que você está. Isso vai refletir em campo e, talvez, chame atenção do treinador que está na Seleção.

 

MF- Após a chegada de Sampaoli no Santos, você chegou a ser considerado “moeda de troca” e não estava nos planos do treinador argentino. Como foi que você conseguiu reverter esta situação, reconquistar espaço e hoje ser titular absoluto no ataque do Santos?

Sasha: Eu sempre tive consciência do meu trabalho. Quando aconteceu isso, eu não entrei em pânico. Sabia que tinha respeitar a decisão dele a cabia somente a mim mudar aquela situação. Então, eu trabalhei muito em todas as atividades e fui procurando outras formas de jogar e evoluir com relação ao esquema de jogo que ele queria. Você precisa ter empenho e paciência, pois eu sabia que em alguma hora ele precisaria de mim, a oportunidade apareceria. Quando surgiu, me mostrei útil.

 

MF- Como você vê esta ‘invasão gringa’ no Santos e também no futebol brasileiro?

Sasha: Não vejo problemas. É sempre bom trocar experiências e conhecimento. Aqui estamos muito adaptados à filosofia do Sampaoli. Acredito que há espaço para todos.

 

MF- Você tem algum clube no Brasil que desejaria jogar? E no Exterior?

Sasha: Eu só penso no agora. Quero continuar jogando bem e fazer parte da história do Santos. Meu objetivo é sempre fazer o melhor nos clubes em que atuar.

 

MF- Muito se discute sobre onde o Santos deveria atuar. Na sua opinião, Vila Belmiro ou Pacaembu? Onde você prefere e se identifica mais?

Sasha: Eu prefiro Vila Belmiro por ser a nossa casa, e os resultados desses anos mostram isso, nosso aproveitamento no estádio é um dos melhores do campeonato.

 

MF- Com o Sampaoli, você já atuou tanto no meio, quanto pelas pontas. Qual posição você prefere atuar?

Sasha: A princípio, estava mais acostumado a atuar mais pelos lados. Mas, atualmente, consigo fazer os dois, é claro que tudo exige uma adaptação. Estou aqui para ajudar o clube.

 

MF- Sasha, desde já agradecemos muito a oportunidade desta entrevista, e queríamos que deixasse uma mensagem a nação santista que segue nossa página de nossas redes sociais.

Sasha: Olá, torcedor santista. Aqui é o Eduardo Sasha. Espero dar muitas alegrias a vocês. Contamos sempre com o seu apoio.

 
Artilheiro do Santos no Campeonato Brasileiro, Eduardo Sasha chegou a ser considerado moeda de troca, e só passou a ser aproveitado na competição nacional.