O zagueiro Luan Peres, do Santos FC concede entrevista ao site MF

Jean Lucas 14 de dezembro de 2019 10:0614 de dezembro de 2019 10:25

Luan Peres Petroni nasceu no dia 19 de julho de 1994 na cidade de São Paulo. Fostes revelado na Portuguesa e tens passagens por Fluminense e Club Brugge (Bélgica). Atualmente estais no Santos. Conhecido e reconhecido pela segurança na defesa e por ser zagueiro canhoto

1- Fostes revelado na Portuguesa de Desportos. Quais foram os principais ensinamentos da base? Como foi ver de longe o rebaixamento da Lusa na justiça em 2013? Qual foi a sua sensação ao fazer seu primeiro gol no profissional? Como foi conquistar a Série A2 do Paulista?

R: A base é um ensinamento muito bom, aprende dentro de campo e o extra jogo também, aprende a ter valor para família, eu via bastante jogador sem família e dinheiro. Então tínhamos que valorizar tudo, vê os atletas alojados e assim foi um aprendizado gigante pelo que passamos e vemos neste período.

R: Lembro que o rebaixamento da Portuguesa, eu estava disputando na época uma espécie de Brasileiro sub-20 (Copa RS) no Rio Grande do Sul, na tabela não tinha caído, mas com os problemas internos e a situação do jogador irregular acabou caindo. Os jogadores não entenderam muito bem, foi difícil acreditar e depois disso começou a ir ladeira abaixo (da A para B, B para C), joguei a C, onde quase subimos e após isso sai o time caiu para a quarta divisão e tudo desandou.

2- Atuou por Santa Cruz, Red Bull Bragantino, Ituano e Ponte Preta. A equipe do Red Bull conseguirá nos próximos anos chegar numa Libertadores? Poderia nos contar um pouco sobre a estrutura e a torcida de cada equipe? Acreditas que o Santa Cruz tem possibilidade de retornar a segunda divisão em 2020? O que falta a Ponte Preta para conquistar um título maior do que a Taça do Interior?

R: Sobre o Red Bull, não tenho dúvida que irá fazer um bom trabalho (não sei se no primeiro ano por causa da inexperiência em competições maiores). Eu tenho quase certeza que não irá cair e nos próximos anos vai brigar pelas primeiras posições (como o Leipzig, da Alemanha e o Salzburg da Áustria). Sobre o Santa Cruz, eu não acompanhei esse ano, torço que o time irá para a Série B, pois é um time de muita torcida e merece estar nessa posição. A Ponte Preta monta bons elencos e às vezes passa pelo azar, como na época que estava, onde o time bateu na trave na conquista de um troféu, eu fui campeão do interior e no outro ano eu caí. Então acredito que seja mais falta de sorte do que planejamento, pois ele pagam em dia (a maior parte das vezes) e tem uma organização no clube.

3- Chegou ao Fluminense ano passado e quais foram as suas impressões sobre o clube na totalidade? Como analisas o fato da equipe fazer uma reformulação no elenco dentro de um campeonato brasileiro? O zagueiro canhoto é um artigo raro em alguns clubes do mundo, essa característica ajuda a ser tão requisitado no mercado de transferências e por qual motivo? Esteve no Club Brugge. Qual foi o seu pensamento inicial sobre a Bélgica? Sentiu como um sonho realizado ter atuado na Champions League?

R: Então quando cheguei no Fluminense, até aquele momento foi o meu clube de maior expressão e eu achei uma experiência super boa. Estávamos bem na tabela até onde estive, treinado pelo Abel Braga e além disso atuar no Maracanã, então via muito mais pontos positivos do que negativos (apesar dos atrasos salariais). Eu sempre tento ver pelo lado positivo, não procuro reclamar sobre os assuntos e sobre a reformulação de elenco é normal, como no Santos (cheguei) e no Flamengo também, então acho muito válido essas mudanças que vem para somar. Sobre o zagueiro canhoto, sempre pensei nisso, até pela minha velocidade posso fazer a lateral-esquerda, então acho que seja uma vantagem por ser uma peça rara, mesmo assim tem que ter uma cabeça boa e qualidade.

R: Sobre o Brugge, a primeira impressão foi complicada por causa da adaptação pelo frio e a língua (o Flamengo que é próximo do holandês), então tive muita dificuldade, por causa que sou de São Paulo e estava antes no Rio de Janeiro e na época fiquei numa cidade muito bonita, mas não tinha nenhum prédio, não tem trânsito e nenhuma pessoa na rua (praticamente). Sobre a Champions League, certamente é um dos meus sonhos realizados, pode perguntar para qualquer jogador que um dos seus desejos é atuar na competição e eu pude realizar.

4- Tens uma longa estrada a fazer em sua carreira, então para você, quais as principais realizações que tens projetados, ainda não realizados? Estais no Santos, como avalias a sua passagem até o final deste ano? Quais são os seus anseios para o clube em 2020? Pretendes continuar na equipe?

R: Sobre o Santos, tive uma passagem boa, cheguei em agosto com um elenco formado e muito bem na tabela, seria difícil jogar e acabei fazendo nove partidas (sendo muitas delas em bom nível), principalmente pela equipe ter ido bem e conseguido ir para Libertadores, fiquei muito feliz. Espero que 2020 seja um ano melhor em um geral (individual e coletivamente) e tudo indica que deva continuar no Santos e almejo a felicidade na equipe.