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Opinião: Sánchez merece ser o capitão do Santos em 2020

Ao lado de Soteldo, Carlos Sánchez é um dos “xodós” da torcida. O uruguaio ganhou o carinho da nação santista desde a sua chegada em 2018.

Sánchez e Soteldo foram os destaques do Santos em 2019

A torcida decidiu abraçar Sánchez no meio da polêmica contra a Conmebol, nas oitavas de final da Libertadores 2018. A Conmebol decidiu punir o Peixe por uma escalação irregular de Sánchez.
Foi a partir daí que a torcida se mobilizou para criar uma campanha contra a Conmebol, a #VerguenzaConmebol. Ao invés de pegar no pé do uruguaio, a torcida apoiou o time em uma missão impossível contra o maior campeão da Libertadores.
O alvinegro da Vila Belmiro precisava ganhar de 4×0 para se classificar às quartas de final da Libertadores, e isso não aconteceu. Após um empate em 0x0, a torcida saiu com um ar de orgulho do Pacaembu naquela noite, e isso foi fundamental para que a imagem de “ídolo” de Sánchez começasse a ser construída.

Ao longo de 2018, o principal problema do Santos era não ter um “10”. Foi aí que chegaram Bryan Ruiz, Derlis Gonzáles e Carlos Sánchez. Ruiz, que havia sido contratado para ser o 10, foi o que mais decepcionou. Derlis teve bons momentos, mas não empolgou. Sánchez foi o que mais surpreendeu. O uruguaio de 35 anos concertou todos os problemas do meio-campo santista. Com sua força, raça, qualidade e técnica, Pato Sánchez virou xodó da torcida.

Sánchez, Derlis e Bryan Ruiz

Outro fato marcante na passagem de Sánchez foi a dedicação mostrada dentro e fora de campo. Isso porque Sánchez sempre foi o que mais vibrou com as vitórias e o que mais se decepcionou com as derrotas.

Sánchez marcou 19 gols em 2019

Sánchez foi muito elogiado quando usou a lendária faixa de Zito na partida contra o Bahia, no Brasileirão 2019. Além disso, o uruguaio comentou sobre usar a faixa de capitão:

“Não sabia da história do Z (de Zito) na faixa de capitão. Depois do jogo, perguntei o que era e me contaram. Foi uma história muito linda. Quando me contaram, me emocionei. Nunca me imaginei usando a faixa. Agradeci ao Victor Ferraz por darem para mim. Nunca imaginei usá-la. É o primeiro clube que coloco a faixa. Para mim foi uma emoção muito grande.”

Com a saída de Gustavo Henrique e Victor Ferraz, a expectativa é que Sánchez se torne o capitão definitivo do Santos de Jesualdo Ferreira.

Mesmo sendo o preferido da nação santista, Jesualdo ainda não definiu quem será o capitão do Peixe. Sánchez tem um bom concorrente: Alison. Natural de Mongaguá, o “pitbull da Vila” chegou as categorias de base do Santos em 2004, com 11 anos de idade.

Alison já inicou os treinamentos para 2020

Em uma entrevista recente, Alison afirmou: “Fico feliz pelo carinho da torcida, eu consigo sentir esse carinho e respeito que eles têm por mim. Eu também tenho um carinho enorme por eles, sou muito grato. Não tem só eu, existem outros jogadores que estão há muito tempo e podem exercer esta função. Um capitão não é só que usa a braçadeira. Se for eu, ajudarei meus companheiros da melhor maneira possível.”

O Santos estreia no Paulistão nesta quinta-feira, contra o RB Bragantino, às 19h30, na Vila Belmiro.

Créditos: Reprodução/Santos FC