Relatório aponta mais de R$ 384 milhões pagos à Doyen, por Damião
Durante a última reunião do Conselho Deliberativo nesta segunda-feira, o conselheiro Marcelo Camargo Milani apresentou um relatório, que apontou os valores pagos à Doyen entre de 2013 à 2019, que segundo informação incial do GE, foi pago R$ 384,7 milhões, pela contratação do centroavante Leandro Damião.
O levantamento foi feito pelo Grupo de Avaliação de Riscos e Perdas, que indica que a ‘dívida’, se iniciou em 13 milhões de euros, valor da compra do atacante em dezembro de 2013. Na ocasião, a diretoria e o fundo de investimentos, definiram que, em caso de venda, o jogador deveria ser negociado por no mínimo de 18 milhões de euros. Caso fosse vendido, o Santos teria 20% da venda.
O atacante jogou a temporada de 2014 no Santos, e no início de 2015, por meio da justiça, conseguiu rescindir seu contrato. Entretanto, por ter saído por quebra de contrato, a Doyen acionou o Santos na justiça, cobrando os valores investidos. Após julgamento, o Santos foi condenado a pagar à Doyen, 18 milhões de euros, que com o acréscimo dos juros, o montante chegou em 27 milhões.
Com a condenação, o fundo de investimento recebeu os valores do mecanismo de solidariedade da negociação do meia Felipe Anderson, além da cota de patrocínio master da temporada de 2017, ambos passados integralmente.
Em 2019, um novo acordo foi feito, pelo então presidente, José Carlos Peres. O acordo fixava a dívida em 15 milhões de euros, que deveriam ser pagos em três parcelas. No entanto, foram pagas duas parcelas de 5 milhões de euros e pelo fato de não ter pago a última parcela, a dívida retornou aos 15 milhões de euros iniciais.
Contudo, Marcelo Milani não conseguiu afirmar a totalidade dos valores pagos à Doyen e nem o que ainda faltaria a ser pago. Todo o relatório, será encaminhado à Comissão de Inquérito e Sindicância do Santos, para que seja tomada as devidas providências.