SANTOS x CBF – Do ‘elogio’ ao ‘racha’ em 12 dias

A eliminação do Santos da Copa do Brasil, após a derrota para o Atlético/MG no Pacaembu por 2 x 1, fez com que a antes ‘elogiada’ CBF, virasse alvo de críticas, pela sua postura no caso da liberação do atacante Rodrygo, convocado para a Seleção Sub-23. O presidente José Carlos Peres em um prazo curto de tempo mudou seu discurso, diante dos acontecimentos.

Em entrevista no CT Rei Pelé no dia 27 de maio, Peres se mostra tranquilo com relação à CBF, inclusive a elogia pelo bom relacionamento com a entidade: “Sub-23 não é Data FIFA. Não é oficial. Não quero puxar o saco da CBF, mas tem sido corretíssima comigo. Não dá para comparar Rodrygo com outros liberados. Se é convocado para a seleção principal, ok, é diferente, mas eu perdi jogadores várias vezes por causa do Sul-Americano. Sou generoso. Agora o próprio jogador demonstrou que não quer ir. Iria para a principal, oficial, só isso. Não foi nenhuma afronta com a CBF. Eu trabalhei na gestão do Marco Polo (Del Nero) por seis anos na Federação Paulista. Quem almoçava comigo? Rogério Caboclo, então gerente financeiro e o Walter Feldman, Presidente e Secretário Geral. Estamos bem, mas cada um defende seu pedaço. Entendo, de coração, mas não posso ser prejudicado mais uma vez”.

O tom da conversa mudou muito após o resultado negativo na partida de ontem no Pacaembu, onde o Santos não pode contar com Rodrygo e também não pode levar o jogo para a Vila Belmiro, onde a CBF chegou até a anunciar a partida inicialmente, mas depois transferiu em definitivo para o Pacaembu. “CBF conseguiu o que queria. Fomos desclassificados. Nos roubaram o direito de jogar na Vila Belmiro. CBF jogou para frente e não respondeu. Nosso ofício está lá. E de quebra convocaram o Rodrygo. Terceira vez que levam para o sub-23. CBF conseguiu aquilo que esperava, nos desclassificar”. – Afirmou Peres ontem, logo após o jogo.