A princípio a assessoria do Tricolor postou uma nota de manhã, dizendo que ia apurar melhor os fatos, segue:
O São Paulo Futebol Clube informa que acompanha o caso envolvendo o atleta Jean Paulo Fernandes Filho e aguarda apuração dos fatos para definir as medidas cabíveis.
“Em seus quase 90 anos de existência, o São Paulo construiu uma história pautada por princípios sólidos de conduta dentro e fora de campo, e não abre mão deles.”
A diretoria do São Paulo está reunida para discutir como será feito juridicamente o rompimento do vínculo de Jean. O clube também planeja publicar uma nota de repúdio às agressões.
O caso
O goleiro Jean, do São Paulo, foi preso em Orlando, nos Estados Unidos, nesta quarta-feira 18, acusado de agredir a esposa, Milena Bemfica. A ficha do jogador já consta no sistema do Departamento de Correções do Condado de Orange, na Flórida. Ele foi fichado às 7h27, pelo horário local (9h27 em Brasília).
Milena Bemfica postou vídeos nos quais aparece com o rosto machucado. Nas filmagens, ela acusa o jogador de tê-la agredido durante as férias. Horas depois, as imagens foram apagadas.
No registro, o policial responsável pela abordagem relata que Milena disse que os dois discutiram na madrugada desta quarta-feira no quarto do hotel onde estão hospedados em Orlando, e ela tentou acalmar Jean. Depois, os dois entraram no banheiro para discutir, mas uma das filhas quis ir para a cama.
Tradução do documento
(Tradução feita pelo site: Globoesporte.com)
“Em 18 de dezembro de 2019, aproximadamente às 4h35, eu, Xerife Adjunto Edgar Castillo fui acionado por causa de um caso de violência doméstica. Eu encontrei com (…) e Jean Fernandes. Jean foi considerado o agressor e preso por violência doméstica.
(…) Assim que cheguei ao local, a segurança do hotel já estava lá e me direcionou a (…). Quando cheguei a (…) um homem branco (Jean Paulo Fernandes) e uma mulher branca vieram à porta. Notei que a face (…) estava inchada e com hematomas abaixo dos olhos. Jean também tinha um pequeno hematoma na testa. Ao tentar falar com os dois, Jean não estava colaborando e foi preso com algemas durante minha investigação. Por estar com algemas, eu li a ele seu Direito de Miranda (advertência dada a um suspeito quando está sob custódia da Polícia dos EUA) antes de lhe questionar sobre o incidente.
Então eu falei com (…), que me disse tanto verbalmente quanto num testemunho escrito, sob juramento. (…) disse que ela e Jean estavam discutindo no quarto e ela estava tentando acalmar Jean porque (…). Eles foram ao banheiro discutir, mas (…) quis ir para a cama. Quando (…) foi para cama, Jean a seguiu e a empurrou na direção da cama. Ele então subiu nela e deu três socos no rosto dela. (…) Me disse que ela pegou a chapinha e acertou Jean na cabeça como autodefesa. A chapinha quebrou quando acertou a cabeça de Jean. Os dois ficaram de pé, e Jean continuava sendo agressivo com ela. Jean então partiu para cima dela de novo, então ela arremessou a chapinha nele, acertando-o na perna e cortando-a.
(…) tentou deixar o quarto, mas Jean a segurou pelo cabelo e a levou ao banheiro, onde ele a socou no rosto mais cinco vezes. (…) Ela não quer processá-lo quanto a este incidente. (…) Ela preencheu um formulário e recebeu um cartão com o número do caso relativo ao incidente. Eu falei com (…) quando eles se acalmaram. Ambos me contaram versões similares na qual viram… (Jean) socou (…) no rosto. Fotos de (…) e lesões de Jean foram colhidas como evidência.
(…) recebeu atenção médica no local, e Jean foi levado ao Dr. Phillips hospital para ter seus ferimentos tratados. Baseado na minha investigação, além de depoimentos e observações na cena, estabeleci como provável acreditar que Jean foi o agressor primário no incidente e intencionalmente causou ferimentos no corpo de (…). Porque Jean e (…) constitui violência doméstica. Além disso, os ferimentos que Jean recebeu foram de (…) agindo em autodefesa, e a ela não foi imputado nenhum crime. Jean foi transportado para a Prisão de Orange County sem incidentes. Ele não quis notificar o Consulado Brasileiro.”