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Bissoli, do Athletico-PR quase fez São Paulo acionar a FIFA por suspeita de irregularidade

O atacante do Athletico-PR Guilherme Bissoli uma das principais armas do Furacão na temporada e autor de 6 gols em 10 jogos poderia estar bem longe do clube paranaense.

Isso porque em 2018 Bissoli, que é formado nas categorias de base do São Paulo, recusou uma proposta de renovação de contrato do Tricolor. O motivo seria que o atacante teria assinado um pré-contrato com o Athletico-PR.

De acordo com a legislação do futebol o clube formador de qualquer atleta tem o direito de igualar ofertas de outras equipes neste tipo de caso, quando se trata do primeiro vínculo como profissional.

O gerente executivo do São Paulo na época era Alexandre Pássaro e comentou sobre o caso, confira:

“Se um clube oferece um valor, o formador pode igualar ou cobrir a oferta e aí o jogador é obrigado a ficar, a não ser que uma indenização seja paga. Tivemos isso com o Athletico. Ficamos equiparando a proposta e, como não pagaram a indenização, ele não foi para lá”, disse o gerente-executivo de futebol do São Paulo, Alexandre Pássaro, em 2020.

O contrato de Bissoli com o São Paulo se encerrou e ele teve o seus direitos ligados ao Fernando La Mora, clube de divisões inferiores do futebol paraguaio. Nesse caso não há irregularidades pois a legislação que se aplicaria ao Athletico não vale para clubes de outros países.

Mas no ano seguinte, Bissoli apareceu no Rubro-Negro, para surpresa são-paulina. O vínculo inicial era por empréstimo, levantando suspeitas de que houve uma triangulação para que o jogador atuasse no Furacão sem necessidade de pagamento de multa.

O São Paulo cogitava acionar a Fifa para ser ressarcido, mas acabou não precisando agir de forma mais dura. Depois de uma negociação entre as partes ao longo do ano passado, 20% dos direitos econômicos do atleta de 23 anos foram repassados ao Tricolor e tal atitude evitou ação mais drástica.

Foto de destaque: GettyImages