Canhoteiro, o “Garrincha da Ponta-Esquerda”
Craque consagrado no São Paulo faria 86 anos no dia 24 de Setembro.

Os torcedores mais novos do São Paulo podem dizer muitos nomes conhecidos se forem perguntados dos maiores ídolos do clube. Lugano, Rogério Ceni, Raí, Ricardo Rocha, entre outros, são nomes que podem vir facilmente à uma discussão sadia e bem falada. Porém, pouco vai se falar de José Ribamar de Oliveira, o “Canhoteiro”, o jogador que vestiu as camisas do clube nas décadas de 50 e 60, é nomeado de diversas formas como “Gênio indomável”, “Garrincha da Ponta-Esquerda” e não se engane, apesar de ter apenas 1 título conquistado (Paulista de 1957), Canhoteiro é tido como um dos maiores jogadores da história do clube.
Habilidoso, o jogador mostrava suas características de craque desde criança. Natural de Coroatá-MA, o garoto jogava chupando o dedo, mas não deixava a desejar com a bola nos pés e logo chamou a atenção pela habilidade. Já mais velho, começou a carreira no América de Fortaleza no início dos anos 50 e se transferiu ao São Paulo em 55, pela quantia de 100 mil cruzeiros antigos, valor considerado alto para a época.
Alegre e driblador, Canhoteiro poderia ser para a garotada da época, o que Ronaldinho é hoje para muitos. Sempre proporcionando um espetáculo com dribles, jogadas de efeito e belos gols, o craque tricolor não dava descanso para os marcadores e, especificamente os corinthianos, sofreram bastante com o que aprontava o ponta. Foram notáveis 105 gols em 413 jogos com a camisa do clube do Morumbi, sendo estes divididos em 228 empates, 95 empates e 90 derrotas. 388 jogos ele esteve como titular e outros 25 como reserva.
Tamanha era a habilidade, que mesmo concorrendo com Zagallo e Pepe, é dito que seria titular da seleção na copa em que foi convocado, a de 58, porém a vida boemia atrapalhou o jogador. As bebedeiras até o faziam atrasar nas suas apresentações. Infelizmente, o jogador veio a falecer em 1974, às vésperas de completar 42 anos, vítima de um derrame cerebral.

