Tricolor se despede da Florida Cup sem conquistar pontos
O reencontro com a joia, um novo teste para a equipe contra uma que está em alta no futebol europeu… Os atrativos para essa partida não eram poucos e pelo número de gols, pode-se dizer que a expectativa para um bom jogo foi cumprida. Ajax e São Paulo fizeram um jogo de igual para igual e a derrota do tricolor por 4×2 pode frustrar os torcedores mais exigentes, assíduos por vitórias, mas dentro das condições, foi um resultado, no mínimo, interessante.
O placar tornou-se mais movimentado na segunda etapa, quando o São Paulo colocou em campo a sua equipe alternativa, esta que estava bem balanceada se for analisar do meio para a frente, mas defensivamente ainda enfrenta dificuldades na execução do jogo. O garoto Rodrigo ainda precisa de mais minutos, Léo Pelé não conseguiu executar seu melhor futebol e só Bruno Alves não era suficiente para segurar todo o ataque baseado em toque de bola e infiltrações pelo lado do time holandês, e nem mesmo Araruna conseguiu bom desempenho, desta vez atuando de lateral-direito. O resultado disso acabou sendo um número de gols sofridos bem grande, com o Ajax empatando o jogo duas vezes, virando e ainda ampliando o placar, com direito até a Lei do Ex do garoto David Neres. A atuação do segundo tempo acabou tendo como grata surpresa o desempenho de Brenner, que não só marcou um gol como participou de vários lances ofensivos, bastante presente nas jogadas da equipe, assim como Nenê, que até teve chances de marcar também, mas não superou o goleiro.
Antes disso, no primeiro tempo, o São Paulo fez um jogo bem mais agradável, melhor não só do que o primeiro tempo contra o Eintracht Frankfurt como também aparentava estar assimilando melhor as ideias que Jardine treinou nos últimos dias. Numa postura mais retraída em alguns momentos, o tricolor marcou firme o time holandês, com seus jogadores bem obedientes ao esquema tático escalado pelo técnico e uma clara intenção de sair em velocidade quando tivesse oportunidade, ensaiando até mesmo algumas ofensivas que incomodassem o adversário. Os primeiros 45 minutos foram de um São Paulo mais seguro defensivamente, que viu sua proposta funcionar quando Pablo deu um belíssimo passe para Hernanes após lançamento de Reinaldo. O Profeta pegou de primeira para fazer o seu primeiro tento pelo clube em seu retorno e abrir o placar com um belíssimo gol.
Depois desses testes, o que pode-se concluir é que o São Paulo ainda tem muitos detalhes a consertar, não só na parte tática, mas no desempenho dos seu elenco também. Além dos reforços, o técnico Jardine precisará dar mais minutos aos mais jovens, que claramente sentem o ritmo em comparação com os que tem mais bagagem e fazer alguns ajustes nas escalações que ainda podem ter nomes que deixem o futebol praticado pela equipe ainda melhor. Não há nenhum motivo para pânico, e se analisar os detalhes ao invés dos placares, pode-se dizer que o ano do tricolor paulista começa com um pouco mais de otimismo, já que dispõe de um técnico que entende um modo de se praticar o jogo muito compatível com o elenco à disposição, basta dar tempo e paciência para que as peças se encaixem e tenham o rendimento esperado.
FICHA TÉCNICA: SÃO PAULO 2 x 4 AJAX-HOL
Local: Orlando City Stadium, em Orlando (EUA)
Data: 12/01/2019 (sábado)
Árbitro: Elvis Osmanovic (EUA)
Auxiliares: Hassan Belmnahia e Abdel Kuttaineh (ambos dos EUA)
Gols: Hernanes (21min/1ºT), Van den Beek (12min/2ºT), Brenner (19min/2ºT), Tadic (pênalti, 27min/2ºT), Dolberg (33min/2ºT), David Neres (46min/2ºT)
Cartões amarelos: Jucilei (40min/ºT), Biro Biro (25min/2°T), Magallán (44min/2ºT)
SPFC: Jean (Volpi, intervalo); Bruno Peres (Araruna, intervalo), Arboleda (Rodrigo, intervalo), Anderson Martins (Bruno Alves, intervalo) e Reinaldo (Léo, intervalo); Jucilei (Willian Farias, intervalo), Hudson (Liziero, intervalo) e Hernanes (Nene, intervalo); Helinho (Biro Biro, intervalo, Tréllez, 41min/2ºT), Pablo (Diego Souza, intervalo, Everton Felipe, 26min/2ºT) e Everton (Brenner, intervalo). Técnico: André Jardine.
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AFCA: Onana; De Ligt, Van de Beek (David Neres, 13min/2ºT), Tadic (Magallán, 36min/2ºT) e Mazraoui (De Wit, 36min/2ºT); Blind, Schöne (Huntelaar, 36min/2ºT), De Jong (Cerny, 36min/2ºT) e Ziyech (Gravenberch, 36min/2ºT); Dolberg (Ekklenkamp, 36min/2ºT) e Tagliafico (Kristensen, intervalo). Técnico: Erik ten Hag.
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