Hernán Crespo anunciou sua saída do Defensa y Justicia no último domingo (7), campeão da Copa Sul-Americana, o técnico é conhecido por gostar do famoso “perde-pressiona” e costuma usar as saídas de bola desde os seus zagueiros. Estilo muito parecido com o ex-técnico do São Paulo Fernando Diniz.
Ele implementou esse filosofia de jogo nos times italianos: Parma (sub-19) e Modena, além dos argentinos Banfield e Defensa y Justicia.
Crespo começou sua trajetória como treinador da equipe Sub-19 do clube italiano. Ele ficou de julho de 2014 a junho de 2015, totalizando 31 jogos, com 14 vitórias, sete empates e dez derrotas. Após deixar a base do clube, Crespo chegou no Modena, equipe da segunda divisão do Campeonato Italiano. Fez 35 jogos ao comando do time, Crespo venceu 11 partidas, empatou cinco, e perdeu em 19 oportunidades.
Na chegada ao Banfield Crespo disse: “Sempre gostei da tática, da estratégia. Deus não me deu a elasticidade do Ibrahimovic, a força do Adriano ou a velocidade do Caniggia. Por isso, precisei desenvolver minha interpretação e leitura de jogo”. Ficou de janeiro a setembro de 2019 no Banfield. Fez 18 jogos, quatro vitórias, seis empates e oito derrotas.
Os esquemas táticos preferidos do treinador são o 3-1-4-2 e o 3-2-4-1. Gosta de ofensividade e intensidade, seja com ou sem a bola. Ideias ousadas como as de Diniz. No Defensa, a saída de bola costumava ser curta, com os zagueiros vindo buscar a bola e começando a construção ofensiva, assim como o São Paulo atuava.
Costumeiramente o primeiro volante vem na entrada da área para buscar a bola, sem usar os lançamentos longos e a ligação direta para o ataque. Função que Fernando Diniz aplicava no São Paulo com Daniel Alves, Tchê Tchê ou Luan.
No ataque os times de Crespo costumam usar as inversões de jogo, buscando sempre os pontas nos lados do campo. Os alas costumam apoiar bastante o ataque, sem muitas preocupações defensivas. Função que pode ser perfeitamente executada por Reinaldo na esquerda, já na direita sem Juanfran a vaga ficaria com Dani Alves ou Igor Vinicius que chega até razoavelmente bem ao ataque.
As equipes que Crespo dirigiu costumar ter bons ataques, mas defesas ruins. O Defensa y Justicia campeão da Sul-Americana deste ano terminou a competição com o segundo melhor ataque, com 16 gols e a sexta pior defesa, com sete gols sofridos.
Caso Crespo venha, ele deve pedir mais jogadores de lado de campo. A amplitude é a maneira preferida de atacar do técnico argentino. Na defesa, Crespo costuma jogar com três zagueiros, como fez na final da Sul-Americana diante do Lanús. Sendo assim, Arboleda, Bruno Alves e Diego Costa podem ser o trio defensivo. Em seu 4-2-3-1, sempre há um volante mais marcador, Luan pode desempenhar este papel.
No ataque, Daniel Alves como já dito, pode ser usado como um ala pela direita, assim como Reinaldo na esquerda Igor Gomes e Gabriel Sara podem formar a linha de quatro no meio-campo. Crespo gosta de usar dois atacantes móveis. Chance para Luciano e quem sabe Toró, um dos poucos atacantes do elenco que tem mobilidade
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