Lucas Cavalcante Silva Afonso nasceu no dia 23 de março de 1996 na cidade de Brasília-DF. O atleta tem passagens por São Paulo e Estoril Praia (Portugal). Conhecido e reconhecido pelo bom posicionamento em casa e pela bola aérea
1- Pela seleção brasileira de base disputou os Mundiais (sub-20 e sub-17), os Sul-Americanos (sub-17 e sub-15), além do Torneio de Toulon. Como analisas o atual momento da base no futebol brasileiro? Quais os principais momentos em que se recorda dessas passagens pela seleção? Com 23 anos, ainda não pensa em atuar pela seleção brasileira nacional? Como vês o desempenho do elenco de Tite na Copa América? Por quais motivos a negociação com o Corinthians não andou? Gostaria de jogar na equipe no futuro?
R: Acho que o momento das categorias de base da seleção está em crescimento de novo. Um momento de reformulação, de crescer. Vi que ficou fora do Mundial sub-20, mas creio que a Seleção Brasileira e a CBF tem feito um grande trabalho para que a Seleção possa ganhar tudo na base no futuro. Toulon está aí como exemplo de um bom trabalho. Tive bons momentos na Seleção, mas os principais foram os títulos. Sempre está sendo convocado, sempre ser lembrado. Acho que isso acrescentou muito na minha carreira e me fortaleceu bastante. Penso em voltar a Seleção sim. Todo jogador sonha em jogar e isso não é diferente comigo. Acho que tenho tudo para fazer que isso aconteça, preciso de voltar a jogar. Atuar em alto nível. Recuperar o bom futebol. Está na final, então tem seus méritos. Vamos torcer para ser campeão. A negociação com o Corinthians não andou por que eu estava machucado na época e ainda precisava de uns meses para retornar. O clube na oportunidade precisava de um atleta naquele momento sem poder esperar, por isso o negócio acabou não evoluindo.
2- Tens sua formação atrelada ao São Paulo Futebol Clube. Como é a estrutura oferecida ao jovem jogadores da equipe? Como foi sair de Brasília para tentar a sorte em São Paulo? Diga-nos como foi o processo de amadurecimento até a chegada no time profissional? Tens 68 jogos pelo time, qual deles foi o melhor para você? Por quais motivos deixou a equipe e não renovou seu contrato? Como analisas a conquista do título da Florida Cup? Acreditas ser um torneio válido na pré-temporada?
R: Sou suspeito para falar da estrutura do São Paulo. Passei minha base toda em Cotia. É sem dúvida uma dos principais CTs do país. É uma referência. Temos de tudo. E isso é importante para o crescimento do atleta, não só como profissional mas também como homem. Quando eu saí de Brasilia sempre tive o sonho de jogar futebol, de jogar numa equipe profissional. Saí daqui com 12 anos de idade em busca desse sonho. Meu foco principal sempre foi dar uma boa vida para os meus pais e avós. Então por isso, superei todos os obstáculos para conseguir vencer. Hoje olho para trás e vejo que tudo valeu a pena. Tive vários jogos que ficaram marcados, mas o que mais me marcou foi o jogo da Libertadores de 2014 contra o San Lorenzo, na Argentina, onde fui premiado como o melhor em campo. Acho que chegou o momento de respirar novos ares, de viver coisas novas. Mas o carinho sempre fica. Que fique claro minha gratidão pelo São Paulo e por tudo que vivi durante toda uma década. Só agradecer pelo tempo que passei por lá. Foi um título importante e acho que foi válido. É um torneio preparatório, onde se tira muita coisa de aprendizado.
3- Teve sua primeira experiência fora do Brasil no Estoril Praia. Foi fácil se adaptar ao futebol português ou teve alguma dificuldade? Naquela temporada o time teve ao total 20 atletas brasileiros, isso atrapalhou de alguma forma o desempenho do elenco (sendo rebaixado na Liga Portuguesa)? Se pudesse escolher algum time português para atuar, seria qual e porquê? Daqueles nomes que estiveram contigo na temporada 2017-2018, mantém contato com alguém? Portugal sempre será uma porta de entrada forte para os novos jogadores na Europa?
R: No Estoril não tive muita dificuldade de adaptação. A língua é a mesma, a culinária também. Não é um país ruim de se viver. Boas temperaturas, muitos brasileiros no país. Foi bem tranquilo e uma experiência muito boa. Acho que não atrapalhou. Foi uma temporada onde não fomos felizes, onde não deu muito certo, mas são jogadores de qualidade tanto os brasileiros como os demais estrangeiros que estavam por lá. Não tenho preferências mas os que mais se destacam são os três grandes mais o Braga. Ótimas estruturas, muitos adeptos. Sempre montam grandes times. Mantenho contato com vários atletas, um que mais eu converso é o Dankler, zagueiro que hoje está no Japão. Portugal sempre será uma porta de entrada por conta do idioma. Um futebol parecido com o nosso. Muitos brasileiros no plantel de todas as equipes, então a adaptação bem mais rápido.
4- O zagueiro tem como obrigação principal defender a meta de seu clube, no entanto sempre que tem oportunidade, pode virar atacante e definir uma partida. Qual é o seu conselho para a nova geração de zagueiros que está por vir no país? Você tens alguma sondagem ou proposta de clubes a qual possa falar para nós? Qual a sua expectativa para a temporada (projetando o acerto com novo time)?
R: Meu conselho para os mais jovens é sempre manter o foco, manter o trabalho, um objetivo traçado. Acreditar em tudo aquilo que eles pensam, almejam e querem na vida, seja como profissional ou pessoa. Tem agora algumas situações, a do Japão é concreta, fico no aguardo para definir um novo clube. Meus empresários Jeferson Silva e Luciano Couto estão analisando todas as propostas. O mercado estrangeiro abriu agora no início do mês, então acredito que nos próximos dias teremos novidades. Agora é manter o trabalho com um personal para manter a forma, até que seja definido um novo destino.
5- Uma mensagem para os colunistas e leitores do site?
R: Obrigado pela oportunidade. Estamos sempre a disposição.
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