Após o termino de um ano desastroso, Arnaldo Barros resolveu falar sobre seu mandato em uma longa entrevista coletiva na sede do clube. Em seus últimos dias como presidente leonino, Arnaldo falou sobre seu biênio, finanças, alguns problemas que enfrentou durante esses dois anos e disse sair de cabeça erguida.
Na coletiva, Arnaldo destacou a dificuldade de lidar com o assedio de outros clubes aos atletas leoninos. Falou também sobre as dificuldades internas com alguns desses jogadores assediados e seus representantes.
O mandatário também comentou sobre as criticas a sua gestão, que é considerada pela torcida como a pior da historia do clube:
“Ano passado não era. Quando estávamos em quinto (no brasileiro) não era…” pontuou .
Arnaldo também divulgou através do site oficial do clube um detalhamento do balanço financeiro da sua gestão. No texto, o ainda presidente, fez uma analise positiva e destacou um valor de R$16 milhões que o Leão ainda tem para receber:
“No balanço acumulado de 2018, destaca-se o acréscimo na conta “Caixa/Outros”, em especial das Contas a Receber, onde estão registrados mais de R$ 16 milhões que são direitos do Sport, mas que ainda não foram recebidos nesse ano. Tal valor representa um importante desencaixe que está prejudicando a redução do Passivo Circulante (aquele que deverá ser pago em curto prazo), ocasionando desequilíbrio nas contas do clube” disse.
Segue na íntegra a analise postada por Arnaldo Barros:
Por Arnaldo Barros, Presidente do Executivo do Sport Club do Recife no biênio 2017/2018
1) Análise da formação e evolução do passivo tributário
Para se entender a situação atual situação fiscal do Sport, antes, se há de voltar no tempo e constatar que o não pagamento de tributos devidos, no período compreendido entre 1992 e 2005, somou algo perto de R$ 25 milhões (valores históricos). A consolidação desse passivo provocou um desencaixe futuro de mais de R$ 100 milhões, vez que ao montante inicial se acrescentaram juros, correção monetária e multas.
Adiante apresentaremos um quadro que serve como comparativo didático e, nele, é possível constatar que todos os R$ 25,248 milhões (valor histórico), originalmente não pagos em quatorze anos, foram integralmente quitados em cinco anos de parcelamentos (R$ 24,608 milhões, entre 2014 e 2018). Os valores que ainda ficaram para as gestões futuras pagarem (R$ 74,345 milhões para os próximos oito anos) podem ser, primariamente, identificados como correspondentes a multas e juros resultantes do passivo constituído naquele período (1992 a 2005).
O movimento de transparência e exatidão dos demonstrativos contábeis e financeiros, que observam as melhores e mais recomendadas práticas contábeis internacionalmente utilizadas, bem assim a necessidade de resgate da cidadania fiscal do clube (providências essenciais para que o Sport obtivesse certidões de tributos e conta bancária para operar, atributos que o Sport não tinha), ocorrido a partir de 2014, provocou a assunção, e respectiva inserção nos balanços, de 100% dos riscos cíveis, fiscais e trabalhistas, impactando no registro imediato de provisões que somam mais de R$ 50 milhões (valores que “pairavam” em processos e autuações até então não contabilizados). Além disso, nesse período recente de gestão foram negociados passivos de IPTU, girando em torno de outros R$ 23 milhões, os quais, igualmente, ainda não haviam sido registrados nos balanços anteriores.
O impacto desse passivo tributário no caixa diário do Sport passou a ser sentido nos últimos anos de forma mais intensa considerando três causas: a) o pagamento de parcelamentos de dívidas pregressas, b) o registro completo de todos os tributos a pagar e, c) o forte incremento da receita (com sua carga tributária adjacente). Dessa forma, podemos estabelecer três diferentes momentos tributários na história recente do Sport: de 1992-2005, com nenhum pagamento de impostos; de 2006 à 2013, com a negociação e pagamento dos primeiros parcelamentos e tributos ordinários (impacto tributário de R$ 4 milhões no caixa anual), e; a partir de 2014, a consolidação de todos os tributos devidos e provisão de todos os riscos trabalhistas e cíveis, além de incremento da operação com geração de mais impostos ordinários, resultando no conjunto um impacto anual de R$ 11 milhões no desembolso de caixa do clube.
Comparando os três momentos tributários: em alguns anos, o desembolso praticamente triplicou, e restou a falta de elementos de comparação com o passado de mais de uma década, já que naquela realidade as finanças do Sport giravam em números muito aquém da grandeza do clube. A complexidade do mercado aumentou gradativamente, bem como os instrumentos de auditoria de controle por conta do governo (hoje muita coisa é em tempo real, com conexão direta com a operação diário do banco de dados). Os escândalos nacionais e internacionais do mundo do futebol colocaram holofotes sobre as atividades de gestão do futebol, orientando para que em poucos anos haja implantação no Brasil das práticas de fair-play financeiro já em mercados onde o futebol rende muito mais dinheiro do que estamos (mal) acostumados.
Como hoje em dia é inconcebível uma organização ser competitiva globalmente sem atender aos requisitos mínimos de governança e compliance, pode ser dito que o irreversível processo de modernização profissional teve seu ápice nos últimos cinco anos de gestão. Ressalte-se que, desde 2014, o Sport tem suas contas submetidas à auditoria independente de uma das cinco maiores empresas de auditoria do mundo. Essa sujeição possibilitou que, hoje, no Sport, se tenha números absolutamente confiáveis e práticas contábeis e financeiras seguras.
A seguir, tem-se, em quadros e números, a demonstração de tudo o quanto acima exposto.
2) Análise econômico-financeira do período 2017-2018
Como foi exaustivamente exposto ao Conselho Deliberativo em reunião de 24/04/18, nos demonstrativos do ano de 2017 foram destacados importantes ajustes contábeis, que interferiram nos totais das contas de Passivo Intangível (pela primeira vez constam os valores integrais de Direitos Econômicos, Imagem, Luvas e Comissões – de todo o período do contrato). Tal registro obrigatório permite uma falsa sensação de aumento de dívida, contudo dissipada se comparado com sua contrapartida no Ativo Intangível, que aumentou na mesma proporção. Esse ajuste contábil teve início nos demonstrativos de 2016, ainda na gestão anterior à atual, e gradualmente alcançou seu patamar pleno (no final de 2017).
Ao longo dos últimos dois anos o mercado nacional de patrocínios entrou em grande recessão (para todos os clubes), e a alternativa para busca de recursos próprios concentrou-se na relação com os sócios e em negócios dentro do clube. Nesse sentido, o desempenho do Sport foi muito bom, aumentando mais do que o dobro o valor da receita nos últimos dois anos. Enquanto em 2017 as imprevisíveis receitas de competição foram excelentes, no ano de 2018 esse desempenho fora da curva foi atingido mediante a venda de direitos econômicos de atletas.
Apesar desse sensível aumento das receitas nos últimos anos, o mercado de futebol manteve-se inflacionado, aumentando na mesma proporção as suas despesas. A expectativa de déficit confirmou-se nos dois anos, o que infelizmente não é privilégio dessa gestão. Desde o início do século, em apenas uma ocasião houve superávit expressivo (superior a 1% da receita), que foi no ano de 2012, justamente quando houve distribuição de luvas (oportunidade muito bem aproveitada, diga-se de passagem).
Por sua vez, o avanço do ano de 2018 está confirmando a revisão orçamentária que previa déficit menor do que o autorizado pelo Conselho Deliberativo. Até o mês de novembro foi realizado apenas 35% do déficit previsto, decorrente de ações para redução de 33% das despesas indiretas previstas, equilíbrio da folha do futebol em cerca de R$ 2,5 milhões mensais e, principalmente, venda de atletas como compensação pelo não cumprimento da meta de receita de quotas pela Copa do Brasil (conta orçamentária “Operações Esportivas”).
No balanço acumulado de 2018, destaca-se o acréscimo na conta “Caixa/Outros”, em especial das Contas a Receber, onde estão registrados mais de R$ 16 milhões que são direitos do Sport, mas que ainda não foram recebidos nesse ano. Tal valor representa um importante desencaixe que está prejudicando a redução do Passivo Circulante (aquele que deverá ser pago em curto prazo), ocasionando desequilíbrio nas contas do clube. Sua consequência mais evidente no balanço é a redução da velocidade de quitação de empréstimos, que estava sendo um fator muito positivo no último ano.
Além desse problema de giro, no Ativo há um outro item relevante: pelo cumprimento das regras contábeis, foram agregados à riqueza do Sport mais R$ 9 milhões de direitos de atletas na conta Ativo Intangível, por conta do aumento gradual de direitos de propriedade de atletas formados nas categorias de base, à medida em que tais valores são integralizados no patrimônio do clube.
Em decorrência das duas situações acima (venda de direitos de atletas e amadurecimento dos atletas formados no Sport), é possível notar importante redução do Passivo, no item Fornecedores/Intangível, o que significa que houve redução de R$ 20 milhões de dívidas com atletas.
Também no Passivo pode ser observado um aumento de R$ 10 milhões na soma dos itens que compõem os Parcelamentos (de R$ 64 para R$ 74 milhões). Esse acréscimo deve-se principalmente à solução de antigas obrigações tributárias (numa proporção de mais de 60% do total de acréscimo de parcelamentos assumidos). A título de ilustração, durante 14 anos (entre 1992 e 2005) foram deixados de recolher cerca de R$ 25 milhões em impostos, gerando uma repercussão nas gestões seguintes de mais de R$ 100 milhões (mais de R$ 30 milhões já pagos, além de outros R$ 74 já comprometidos). Isso, sem contar com os R$ 60 milhões que já foram pagos regularmente, ao longo dos últimos anos.
Tal diferença de critério comparativo entre as gestões dos últimos 25 anos causa forte impacto nas contas: o não pagamento de impostos em 15 anos de gestões passadas causou forte repercussão financeira na atual década de gestão (R$ 90 milhões já foram pagos, em comparação com uma “economia” de R$ 25 milhões retidos no passado). As próximas gestões também sofrerão com isso, pois ainda há mais R$ 74 milhões a vencer no futuro, além dos impostos ordinários que precisarão ser pagos. A visão de curto prazo de poucas gestões (15 anos) comprometeu o resultado financeiro (e também dentro do campo, por consequência) dos 25 anos subsequentes. A título de ilustração: somente no ano de 2018, o Sport teve o seu resultado piorado em pelo menos R$ 10 milhões, por conta desse “jeitinho” aplicado em gestões passadas.
O trabalho financeiro realizado está focado na geração de caixa interno, melhorando a eficiência da operação do clube. O EBITDA é um indicador reconhecido internacionalmente que avalia a operação sem interferências financeiras externas (luvas, antecipações, juros, depreciações e impostos). Após três anos negativo, em 2016 o EBITDA finalmente voltou a ter valor positivo (10%). Se fosse possível separar os valores dentro do mesmo livro-caixa, seria possível observar que o valor gerado na operação em 2017 (EBITDA de 13%), resultaria num ano sem déficit operacional. Em 2018 o EBITDA já alcançou o recorde de 18%, mas apesar da constante melhoria da eficiência da gestão, o ritmo de entrada de recursos de vendas de direitos de atletas foi bem mais lento do que os vencimentos dos prazos dos compromissos a pagar.
Postas as considerações acima, fica mais fácil entender uma simplificação que bem representa o atual momento financeiro do Sport: o atraso sofrido nas Contas a Receber é proporcional ao atraso gerado nas Contas a Pagar. Restam como dificuldades do clube duas eternas discussões: permanecem em discussão alguns débitos tributários (FGTS e Parcelamentos), bem como há dívidas em negociação com atletas e empresários (cenário típico da dinâmica do futebol brasileiro).
Vice-Presidência Jurídica
– Ratificação do Título do Brasileiro de 1987: vitória no Pleno do STF do mérito da causa.
– Em decorrência do combate às torcidas organizadas, o Sport não recebe punições desportivas por conta de tumultos provocados por integrantes de uniformizadas desde 2015.
– Uma das organizadas foi condenada no dia 3 de maio de 2018 pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco a indenizar o Sport em R$510 mil devido ao tumulto provocado no Couto Pereira, em 2015.
Vice-Presidência Social e Cultural
– Reativação social de tradicionais festas do Clube: Festa da Espiga e Baile Vermelho e Preto.
– Museu do Sport: entrega do projeto completo para prospecção de patrocínios.
Vice-Presidência de Marketing
– Consulados do Sport: Inaugurações das unidades de Manaus (29/7/2018) e João Pessoa (14/10/2018).
– Campanha #EuQueroaIlhaLotada: Ingressos gratuitos para sócios que quitaram o pagamento da anuidade e ingressos a preços promocionais para sócios adimplentes.
– Campanha Sócio Ouro: Novo benefício para os dependentes de Sócio Ouro, que passaram a ter ingressos gratuitos desde Sport x Fluminense (22/07) até o fim do Brasileirão.
– Campanha “Faz bem ser Sport”: sócios que aderiram aos planos anuais escolheram uma entre três opções de gratuidade (Escolinhas, Parque Aquático ou Academia).
– Ação “Sport: Viva Esta Experiência” no RioMar Shopping: Entre maio e junho de 2018, os torcedores rubro-negros puderam vivenciar um pedacinho da Ilha do Retiro dentro do RioMar. Foram realizadas várias ações, como coletiva de imprensa; Pinte a Ilha; lançamento da Revista oficial do Sport; Regularização de cadastro de sócios; Lançamento de Livro sobre a campanha de 1987. Uma das atrações, foram as presenças dos atletas Magrão, Sander, Marlone, Michel Bastos, Anselmo, Winck, Ernando, Andrigo, Ortiz, Thamires, Bianca, Annaysa, Ottília, Bea, Adriana, Lorena, Quézia, Rebeca, Giovanna e Soraya.
– Comemoração dos 10 anos da Copa do Brasil no RioMar Shopping: Durante o evento “Sport: Viva Esta Experiência”, foi comemorado os 10 anos do título da Copa do Brasil com a presença dos ex-atletas Carlinhos Bala, Luciano Henrique e César, além do goleiro Magrão. Na ocasião, aconteceu uma coletiva de imprensa e foram apresentadas camisa alusiva à conquista para uma campanha de sócios.
– Exposição “O Maior da História”: Exposição em homenagem aos 700 jogos de Magrão, com itens pessoais e as principais conquistas do goleiro exibidas na Sede Social da Ilha do Retiro.
– Responsabilidade Social: 11 instituições agraciadas com materiais esportivos oficiais; campanhas em parceria com o Hospital do Câncer de Pernambuco e com a Associação de Assistência à Criança com Deficiência (AACD).
Vice-Presidência Médica
– Medicina preventiva: aparelhamento do NEPRE e estação de crioterapia.
Vice-Presidência de Engenharia
– Reformas: Dos banheiros da Ilha do Retiro, tanto os da Sede como os de dentro do estádio; das Quadras de tênis, de futsal e da academia; dos vestiários da Ilha do Retiro (times da casa e visitante, além de árbitros).
– Zona Mista dos Atletas: Entrada unificada dos atletas ao gramado, desativando os túneis.
– Acessibilidade: obras em todo o complexo da Ilha do Retiro (dentro e fora do estádio).
– Salão Nobre: reforma da estrutura do telhado e renovação integral do forro.
Vice-Presidência de Comunicação
– Clubes de futebol nas redes sociais: conquista do 1º lugar entre os clubes nordestinos no ranking do Ibope.
– Lançamento Novo Site do Sport: mais de 15 milhões de acessos em dois anos.
– Lançamento da Revista Oficial do Sport.
– TV Sport: Aumento de 311% no número de inscritos no canal do Youtube (superando a casa de 72 mil inscritos). Mais de 1.000 minutos assistidos.
– Zona Mista para a Imprensa: Local para entrevistas na saída dos vestiários da Ilha do Retiro.
– Facebook: mais de 1 milhão de visualizações e cerca de 500 mil interações.
– Twitter: Mais de 1,5 milhão de seguidores, acima de 200 mil interações por trimestre
– Instagram: Mais de 400 mil seguidores.
Vice-Presidência de Esportes Olímpicos e Amadores
– Crescimento no número de modalidades: o boliche é a 16ª modalidade do Clube.
– Participação em mais de 300 competições (nacionais, regionais e locais)
– Cerca de 200 pódios nas modalidades olímpicas e amadoras
Principais destaques: Futsal, Futebol 7, Handebol e Hóquei
• O hóquei masculino do Sport foi hexacampeão brasileiro (2018)
• Campeão Mundial de Clubes de Futebol 7 (2017)
• Campeão da Taça Brasil Sub-15 (2018) e Sub-20 (2017)
• Campeão Brasileiro de Handebol adulto masculino (2017)
Categorias do Futebol de Base
– Peneiras movimentaram 59 cidades e 10.803 atletas. Selecionando 81 garotos.
– 12 pratas da casa vestiram a camisa do time profissional: Maílson, Lucas e Demival (goleiros); Evandro e Elias (laterais); Adryelson (zagueiro); Fabrício, Thallyson e Jadsom (meio-campistas); Juninho, Índio e Pardal (atacantes).
Conquistas em 2017
• Campeão Pernambucano em todas as categorias: Sub-15 (tetracampeão), Sub-17 (bicampeão) e Sub-20 (tricampeão).
• Campeão da Copa Pernambuco com o Sub-13 e o Sub-12.
• Seis convocações para a Seleção Brasileira: três atletas do Sub-15 e outros três do Sub-20. Destaque para o zagueiro Pedro Lucas (Sub-15, na ocasião) que disputou o Sul-Americano com a Seleção e ficou com o vice-campeonato.
Conquistas em 2018
• Renovação do Certificado (Categoria A) de Clube Formador.
• Criação da categoria Sub-23.
• Sub-15 pentacampeão pernambucano e campeão da Copa 2 de Julho.
• 9º lugar no ranking nacional da Base.
• Convocações do lateral-esquerdo Diego, do Sub-15, e Jadsom, do Sub-17.
Desempenho Futebol Feminino
– Reativação do futebol feminino do Sport.
– Bicampeão pernambucano invicto, quebrando a hegemonia de sete anos do Vitória.
– Campeão da Taça Nordeste, 1ª edição do campeonato, de forma invicta.
– Voltou a disputar a Série A do Campeonato Brasileiro.
– Condecorado com o troféu Fair Play pela CBF do Campeonato Brasileiro.
– Sete convocações: quatro para a Seleção Brasileira principal, uma para a Seleção Brasileira Universitária e duas para a Sub-20 (campeãs do Sul-Americano).
*Imagens e texto fielmente retirada do site oficial, sem alterações.*
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