25 ANOS DO MAIOR TÍTULO NACIONAL DE SC: COPA DO BRASIL DE 1991

19 de maio de 1991. Criciúma venceu o Remo por 2 a 0 e se classificou para a final da Copa do Brasil daquele ano. Naquele momento o time, a cidade e o estado destacavam-se na vitrine do futebol nacional com seu feito inédito. Naquele momento era necessário esperar seu adversário do jogo entre Coritiba ou Grêmio, onde o time gaúcho se classificou.

O clima de final contagiou toda a cidade e o estado. Todos queriam trazer o titulo para Santa Catarina. O criciúma vivia dois momentos distintos: fora rebaixado para a serie B, mais estava na final da Copa do Brasil.

A primeira partida seria em Porto Alegre. A imprensa gaucha menosprezava o time catarinense e dava como certo o titulo para o Grêmio: ”Grêmio a 180 minutos da libertadores”, dizia a manchete do jornal Zero Hora.

Primeiro joga da final. Estádio Olímpico, Porto Alegre/RS
Primeiro jogo da final. Estádio Olímpico, Porto Alegre/RS

 

30 de maio de 1991, 18:00 horas, Estádio Olímpico, Porto Alegre/RS. Inicia a primeira partida da final entre Grêmio e Criciúma. Mais de 5 mil torcedores saíram de Criciúma e região para apoiar o time catarinense. Teve briga entre as torcidas na arquibancada e guerra em campo. Aos 14 minutos do primeiro tempo, após uma cobrança de escanteio de Jairo Lenzi o zagueiro Vilmar fura a zaga do Grêmio e faz 1 a 0. Aos 38 minutos do segundo tempo Mauricio empata de pênalti, e o jogo termina 1 a 1. O sonho de levantar a taça estava se tornando realidade para o time catarinense, pois o feito seria em casa, no Estádio Heriberto Hulse.

O técnico na época, Luiz Felipe Scolari, disse que a vantagem da decisão em casa era do Criciúma e que deveria usar isso ao favor do time. A cidade era embalada pela final da competição. Todos acreditavam que o Criciúma iria sim levantar essa taça, ainda mais jogando no majestoso. A cidade estava revestida das cores amarelo, preto e branco. Todo o Brasil estava com os olhos voltados para a cidade, o time era muito estudado, e dificilmente Felipão conseguiria esconder a escalação dos 11 jogadores que entrariam em campo.

Um empate bastava para o criciúma levantar a taça. A cidade estava confiante, pois o tigre não perdia em casa a 41 jogos, desde o catarinense de 1990. O time tinha um aproveitamento de 86,9% dos pontos conquistados. A raça e o empenho dos atletas, e o barulho da torcida faziam os adversários sentirem a pressão de jogar no majestoso.

O técnico Luiz Felipe Scolari não fazia ministério quanto a escalação do time, mais usava de muita conversa para motivar os jogadores.  No dia 02 de maio, o Criciúma iria entrar em campo com: Alexandre, Sarandi, Vilmar, Altair, Itá, Roberto Cavalo, Gelson, Grizzo, Zé roberto, Soares e Jairo Lenzi.

A partida era as 18:30hs, mais os portões foram abertos as 12:30hs. Após uma hora as arquibancadas estavam lotadas. O criciúma foi melhor no primeiro tempo. Na etapa final foi expulso um jogador de cada time. O jogo termina 0 a 0, e os torcedores explorem de alegria, pois o Criciúma acabava de conquistar o maior titulo nacional de um time de Santa Catarina: a Copa do Brasil. Houve invasão de campo, volta olímpica com a taça, ruas da cidade sendo tomadas pelas cores tricolores. O tigre mostrou suas garras.

Volta olimpica com a taça. Criciúma consagra-se campeão da Copa do Brasil de 1991.
Volta olimpica com a taça. Criciúma consagra-se campeão da Copa do Brasil de 1991.

Há 25 anos, o Criciúma mostrou para o Brasil o poder do futebol do sul. Esse é o titulo mais expressivo entre os times catarinenses. O Tigre escrevia seu nome entre os grandes do país. O Criciúma foi campeão com uma campanha invicta: Foram 10 jogos, 6 vitorias e 4 empates. Além disso, o tricolor conquistou uma vaga na libertadores do ano seguinte, onde fez uma campanha memorável terminando a competição em 5ª lugar.

Hoje é o dia de lembrarmos os heróis do passado, como diz nosso hino. É o dia de comemorar o maior título nacional de Santa Catarina!

Como é bom poder recordar, nossa história não pode parar. Assim diz uma música da torcida Os Tigres.