Douglas Ricardo Grolli, mais conhecido como Douglas Grolli ou simplesmente como Grolli, nasceu em São Miguel do Oeste-SC no dia 05/10/1989. Foi revelado pela Chapecoense e tem passagens por clubes como Grêmio, Cruzeiro e Ponte Preta. Atualmente está no Bahia.
1- Como surgiu seu interesse pelo futebol e quando você percebeu que esse era o rumo que iria seguir?
Douglas Grolli: Meu pai é um doente por futebol, e sempre me incentivou muito. Aí peguei o gosto e sempre praticava o esporte com amigos e até mesmo com ele. Todos os domingos ele levava eu e meu irmão para jogarmos na comunidade no interior onde ele sempre jogava. Mas tudo sempre de forma bem despretensiosa, mas aos poucos o sonho foi ficando mais forte e apesar de estar com uma idade “avançada” eu quis tentar ser jogador profissional e realizar o meu sonho e o dele de ter um filho jogador.
2- Iniciou sua carreira na Chapecoense, como foi sua chegada ao clube? Como você define sua estadia nas divisões da base, na jornada até se tornar profissional?
Douglas Grolli: Cheguei na Chapecoense no meu segundo ano de juniores, iria fazer 19 anos e é meio tarde para começar a ser um atleta. Mas consegui com muito empenho a evoluir e aos poucos fui buscando meu espaço no clube. Era outro clube na época. Nem divisão o clube tinha e as condições do clube e de estrutura eram mínimas. Mas sempre foi um clube organizado e aos poucos foi crescendo rapidamente e eu pude acompanhar boa parte desse crescimento.
3- Você é um zagueiro que tem facilidade para jogador com as duas pernas e é forte no jogo aéreo. Geralmente quando um jogador inicia no futebol, muitas vezes não começa na posição que acaba exercendo profissionalmente. Você sempre atuou como zagueiro ou já foi atacante por exemplo?
Douglas Grolli: Eu sempre joguei do meio para trás, nos amadores às vezes eu jogava de volante. Mas sempre fiquei revezando entre Volante e zagueiro.
4- Durante sua carreira, você foi contratado em definitivo por Grêmio e Cruzeiro, aonde não obteve muitas oportunidades e acabou sendo constantemente emprestado. O que você pensa sobre essas passagens e qual você considera a razão de não conseguido tanto espaço?
Douglas Grolli: Foram experiências fantásticas que eu tive. Dois grandes times onde a concorrência é gigante! Quando cheguei no Grêmio eu tinha me destacado muito na chape no estadual e série C mas ainda tinha pouca experiência, aí essa mudança de realidade acabou pesando um pouco. E no Cruzeiro eu tive uma concorrência muito grande, só zagueiros de alta qualidade e consagrados aí não consegui ter uma sequência de jogos para mostrar meu valor.
5- Durante os empréstimos você atuou em clubes como Londrina, São Caetano e voltou ao clube onde tudo começou: a Chapecoense. O que você pode relatar sobre essas experiências?
Douglas Grolli: Foram clubes de realidades diferentes e onde eu acabei aprendendo muito também, cada clube que passei eu evolui, sempre procurei aprender muito com cada experiência que tive. Mas foi nesses clubes que fiquei um pouco em baixa no mercado. Não consegui ter boas sequências! Aí tive a oportunidade de voltar para a chape e foi nessa volta para casa que conseguir dar a volta por cima e dai em diante me firmar como um zagueiro de série A.
6- Durante sua passagem pela Ponte Preta em 2016, você atiçou seu lado zagueiro-artilheiro, marcando gols em momentos importantes. Como você avalia sua passagem pelo clube no geral?
Douglas Grolli: Foi uma passagem marcante, me identifiquei muito com o clube e pude fazer um grande ano. Foi o ano que a Ponte Preta fez sua melhor campanha da história na série A. Foi o ano que fiz mais gols na minha carreira, guardo com muito carinho cada momento que passei lá.
7- Em 2017, você retornou a Chapecoense para uma terceira passagem, sendo o primeiro contratado após a tragédia pela qual a equipe passou. Como foi para você voltar ao clube naquele momento e qual a sensação que teve ao marcar o primeiro gol da equipe após o acidente?
Douglas Grolli: Foi difícil essa volta por tudo o que aconteceu, mas eu tinha que voltar para tentar ajudar um clube que me proporcionou tantas coisas e honrar os meus amigos que se foram. Foi uma honra muito grande fazer o primeiro gol e de ter participado do início da reconstrução de um clube que tenho um carinho e gratidão enorme.
Foto: Felipe Oliveira/Divulgação/EC Bahia.
8- No começo deste ano de 2018, você chegou até o Bahia. Como foi sua chegada ao clube? E a receptividade dos torcedores?
Douglas Grolli: Fui muito bem recebido por todos, desde a chegada a torcida, funcionários do clube e jogadores me trataram super bem e facilitou a minha adaptação.
9- Até agora você atuou em 5 jogos pelo Bahia, sendo 1 empate e 4 triunfos, e em 4 oportunidades ficou no banco. Com tantos concorrentes, você espera que sua titularidade chegue logo ou acha que vai demorar mais um tempo já que você é novo no clube?
Douglas Grolli: Eu estou bem tranquilo. Trabalhando sério e sempre que eu entro em campo vou fazer o meu melhor. As coisas vão acontecer no seu devido tempo, temos muitos jogos e todo mundo vai poder mostrar o seu potencial.
10- Dos 5 jogos que você jogou, sendo titular ou não, qual foi o seu melhor jogo?
Douglas Grolli: Acho que o último contra o Jequié foi o melhor até agora. Depois de 4 jogos eu já consegui pegar mais ritmo de jogo é isso ajuda muito no desempenho. Mas sei que posso melhorar muito ainda!
11- Dentre os clube pelo que passou, na sua opinião, qual é a torcida que mais apoia/incentiva, seja dentro do estádio ou no CT?
Douglas Grolli: Olha, tudo isso depende muito do momento que você está vivendo dentro de campo. Muitas vezes é o desempenho da equipe que infla o torcedor e faz com que ele te apoie mais.
12- Quais seus planos para o futuro a longo prazo?
Douglas Grolli: Meu pensamento de momento é ganhar títulos com o Bahia e depois ver o que vai acontecendo. Mas eu espero estar jogando em alto nível por mais alguns anos. Quem sabe mais para frente ter uma experiência na Europa. O futebol é tão imprevisível que é difícil fazer muitos planos!
13- Uma mensagem para os colunistas e leitores do nosso site Mercado do Futebol.
Douglas Grolli: Nunca será só futebol. Essa frase eu acho muito legal! Futebol é uma paixão nacional que mexe com todos nós. E também queria agradecer a todos que me acompanham e torcem por mim. Forte abraço a todos!