Tricolor de Aço

Nomes Memoráveis: Lima Sergipano, o canhão do Fazendão

Para se tornar ídolo não precisa ser habilidoso, dar dribles desconcertantes e fazer gracinha com a bola. Basta ter dedicação e compromisso com a camisa que veste. E se tinha uma coisa que não faltava a Lima Sergipano era dedicação.

Nascido na cidade de Itabaiana em Sergipe, vizinho da Bahia, José Luiz Lima começou sua carreira no futebol no clube da cidade, onde já começava se destacar pela sua raça e pelo chute potente. Não demorou a despertar o interesse do Bahia que contratou Lima em 1990.

No tricolor, o meia além de ficar conhecido pela raça e dedicação, também começou a chamar a atenção pelos gols de falta, ganhando o apelido que guarda até hoje, o canhão do Fazendão.

Lima deixou o Bahia em 1996 rumando ao Vasco onde ficou por 1 ano e obteve destaque pelas mesmas razões supracitadas,após passagens rápidas por Flamengo, Palmeiras e Águia, retornou ao Bahia em 1999, conquistando o Baianão daquele ano. Ficaria no tricolor até 2000,deixou o clube como o 15º maior artilheiro da história com 84 gols, número impressionante para um volante.

A maior prova de respeito que o torcedor tricolor poderia mostrar veio em uma partida do Bahia diante do Confiança pela Série C de 2007. Falta para o Confiança: Lima ajeitou a bola e bateu firme, a redonda acertou o travessão tricolor. Os torcedores presentes na Fonte Nova aplaudiram e gritaram o nome do jogador, que retribuiu aplaudindo de volta,  1 ano depois o Canhão penduraria as chuteiras aos 41 anos. Atualmente Lima trabalha com as categorias de base do Bahia, mais precisamente no sub-17.

Quando perguntando sobre o motivo de tanto carinho da torcida tricolor, Lima respondeu:

““Eu acredito que seja mais pela vontade, a gana de vencer, a determinação, a humildade. Eu jogava com amor, não tinha muito amor ao dinheiro. Eu não tinha preocupação de fazer contrato e ganhar milhões. Eu tinha a preocupação de ajudar o Bahia e dar meu sangue pelo Bahia. Eu não ficava de fora por besteira. Não tinha dorzinha, não tinha gripe, febre. Cheguei a jogar até com dengue num Ba-Vi. Tive dengue na sexta e joguei no domingo. Por isso”.

 

 

Antonio Jacques

25 anos.  Formado em Jornalismo com MBA em Gestão Esportiva, amante de filmes, games e principalmente futebol.  Colunista do MF desde 2016.

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