Efeito Edgardo Bauza no tricolor!

9 de junho de 2016 13:3213 de junho de 2016 16:19

O ano de 2015 foi um ano completamente terrível para o torcedor tricolor. Com quatro treineiros diferentes, o tricolor sofreu para conseguir a classificação pra Copa Libertadores da América com o quarto lugar no Brasileirão. Após a demissão de Doriva, a direção trabalhou e confirmou o nome de Edgardo “Patón” Bauza para assumir o comando do time.

Credenciado por levantar dois canecos da Libertadores, com LDU e San Lorenzo, o treinador argentino chegou com moral no São Paulo para acabar com o jejum de títulos que incomoda o torcedor tricolor. O começo do trabalho foi difícil, porém com o passar do tempo, Bauza conseguiu fazer o tricolor ser um time temido novamente. Como ele conseguiu isso? Vejam abaixo:

Recuperação de Michel Bastos

Foto reprodução: site GloboEsporte

Que o Michel é um baita jogador, todo mundo sabe mas a sua fase não era das boas. Jogos muito ruins, atritos com a torcida e diretor postando em rede social que ele “fazia mal dentro do grupo”, o camisa 7 estava com os dias contados dentro do clube. Com a chegada de Bauza, que confiou no futebol do meia, Michel conseguiu dar a volta por cima e hoje é uma peça chave no esquema do treinador. Jogando aberto pela esquerda, Michel cresceu junto com o time no decorrer do ano fazendo gols importantes, como o tento contra Atlético MG no Morumbi e exibições seguras. Um dos pilares do time hoje, era desacreditado e, graças a Bauza, é hoje importantíssimo para o tricolor.

Maestro PH Ganso

Foto reprodução: site GloboEsporte

Nosso camisa 10 não poderia faltar na lista. Desde 2012 vestindo a camisa mais pesada do mundo, Ganso luta para voltar a ser o craque que despontou com a camisa do Santos. Em 2016, privilegiado pelo esquema de jogo de Bauza, Ganso realizou grandes jogos com a camisa tricolor. Com passes, gols, jogadas de efeito e a elegância de sempre, o Maestro do Morumbi levou o time as semifinais da Libertadores e acabou convocado por Dunga para seleção brasileira, assim como tinha prometido Bauza quando chegou no tricolor. Admirador confesso do futebol do nosso camisa 10, Patón dizia que queria recuperar o futebol do meia para que ele fosse convocado novamente para seleção brasileira. Hoje Ganso, é o principal jogador tricolor na temporada.

“Toca no Calleri que é gol!”

Foto reprodução: site GloboEsporte

Jonathan Calleri. Apresentado em Janeiro o atacante argentino chegou credenciado pelos seus belos gols no Boca Juniors e pela luta em campo. Primeiro jogo, entrando no segundo tempo marca um golaço. Contra o Trujillanos no Morumbi marcou 4 gols em um jogo. Brigador, centro avante bem posicionado e que sai da área para articular as jogadas, Calleri fez 12 gols em 25 jogos com a maior camisa do mundo e quer mais. Idolatrado pela torcida, é o homem gol do time e um perigo constante para os zagueiros adversários. Em grande fase, o argentino quer muito essa Libertadores e fará de tudo para conquistá-la!

Time Guerreiro e unido

Foto reprodução: site ESPN

Um time lutador, aguerrido, com raça, que não tem bola perdida. Puxando pela memória, faz tempo que não temos um time com essas características. Hoje temos. Bauza trouxe o espírito de Libertadores para o elenco. Jogando com firmeza, lutando por cada lance, batendo quando precisa bater, o São Paulo hoje é um time quando tem a posse de bola e totalmente outro time quando não a possui. Um time que não tem medo de chegar forte e nem de divididas, que joga como time pequeno quando precisa se defender. Um time que joga junto, que se ajuda dentro de campo, unido dentro e fora da partida. Mais que profissionais, a certeza de que, quando um jogador olha para o outro, sabe que ambos irão se sacrificar pelo time e com a torcida, que é o principal pilar do time no ano! Um São Paulo com a cara de Bauza.

Padrão Tático

Foto reprodução: site O portuga

Esse aqui era um tópico que eu queria muito falar. Como todo tricolor lembra, ano passado o time parecia um catado de jogador em campo, tudo bagunçado. Tinha nego correndo errado, falhando na marcação, deixando espaços e avenidas. Com a bola os pés então, não tinha jogadas de ultrapassagem, o atacante vindo da área para fazer o pivô… volante subindo então, só por milagre. Hoje, Bauza usa duas formações táticas diferentes que, dentro do mesmo jogo, podem e variam muito! Com a bola nos pés, o tricolor se arma em um 4-5-1 com dois pontas bem abertos e habilidosos para serem o desafogo do time, um centro avante que acha espaço entre os zagueiros adversários para poder trabalhar a bola com o time e um segundo volante que chega do lado de PH Ganso na armação do time. Sem a bola, o esquema muda completamente. O time se arma com duas linhas de 4 jogadores e Ganso e Calleri, fazendo a “primeira linha de defesa” sendo os dois jogadores mais avançados. Essa formação ainda varia para um 4-1-4-1, quando é formada a linha com 4 defensores, o primeiro volante fica entre a primeira e a segunda linha e o jogador mais adiantado é o centroavante. Além da variação da formação, Bauza muda a escalação. Contra The Strongest e Toluca pela Copa Libertadores ele sacou PH Ganso para a entrada de Wesley. O volante trazia consigo uma recuperação mais rápida na defesa, fechando os espaços pelo meio, não permitindo que o time passasse pela sua linha de defesa. Porém, quando o São Paulo tinha a posse da bola, a falta do camisa 10 era sentida demais. Não tinha alguém para pensar com ela no meio campo, segurar o jogo e armar o ataque. Com isso, São Paulo ganha na parte defensiva, mas praticamente anula seu ataque, que passa a jogar apenas nos contra ataques.

Com todas essas alterações, Edgardo Bauza conquistou time e a torcida. O que esperamos é que ele continue fazendo esse maravilhoso trabalho a frente do nosso tricolor e consiga trazer os títulos que tanto esperamos! E você tricolor, tem mais algum ponto a acrescentar? Comente, dê o seu pitaco!

Saudações Tricolores!