Quem teve dificuldades de dormir na véspera do jogo de tanta ansiedade, imagino que teve também após o jogo, mas por um bom motivo: Orgulho e euforia.
LANCEPRESS! Foto de Mauro Horita –
13 de abril de 16 e mais de 50 mil vozes gritando, vibrando, torcendo aos 90 minutos no sacrossanto, mítico e fervoroso Morumbi – RECORDE de público no futebol brasileiro em 2016; simplesmente um show da torcida em uma noite de Tricolor, de Calleri (sim, de novo) e numa noite de LIBERTADORES. É diferente! E o torcedor são paulino sabe do que eu estou falando.
Exatamente na Pré-libertadores, último jogo que classificaria o São Paulo para a fase de grupos eu redigi um texto aqui no blog e desejei as boas-vindas ao São Paulo na Libertadores…e agora por um momento repetiria novamente. – Bem-vindo, São Paulo à Libertadores da América…. Não pela vitória, mas pelo cenário de um encontro histórico de copeiros e gigantes da América. De um lado, o São Paulo e do outro, o River Plate-ARG; se engana quem acharia que fosse um jogo fácil.
Nada como um 6×0 para entusiasmar e chamar a torcida e embalar o time para um ambiente decisivo. No primeiro tempo, o São Paulo dominava o jogo, os argentinos só esperavam um erro do tricolor, que, dominava a partida, mas faltava o gol, faltava a finalização. Até que Calleri achou aos 28 min aproveitando o cruzamento do Bruno que matou no peito e de voleio ao caminho das redes. O sangue do argentino fervia contra seu ex- rival. MORUMBI AO DELÍRIO!!
O segundo tempo foi daqueles, o River entrou melhor, bem posicionado, o tricolor dava mais espaços e os argentinos eram mais agressivos. – ÔoÔoÔ Toca pro Calleri que é gol!
Hudson, que partida impecável, incansável, inspirado, monstro (Dale no bolso até agora rs) cavou uma falta e Michel Bastos (E TOCOUU) foi para a cobrança e…. quem estava lá para cabecear e decidir? Calleri, claro, dispensa até comentários.
Um segundo jogo como um termômetro, sabemos que enfrentar o River seria totalmente diferente de como foi contra o Trujillanos. Alma e coração- Resgatava a tradição, o peso da camisa, a aura que o Morumbi nos proporciona em uma Libertadores, e a sensação de que o time mostrava que estamos vivo, que podemos sim sonhar e acreditar e que existe aquela luz no fim do túnel. A torcida jogou junto, a alma não faltou durante todo o tempo. Vale destacar o nosso jogo na nossa casa esse ano, mostrando ao adversário quem é que manda aqui!!! Na defesa, Maicon e Rodrigo Caio, seguros, monstros, João Schimitid e Ganso no capricho nos passes, Hudson surpreendente, os laterais também se sobressaiam bem; a entrega da equipe enchia os olhos do torcedor. Era o espirito e a postura que o torcedor gosta cobrava e quer em todos os jogos.
Mas como nem tudo é só festa, O clima de tensão ferveu no Morumbi, um pouco depois go segundo gol, uma confusão deu início com o Vangioni que chutou a bola em cima de Bruno, que estava caído no chão e na sequência deu um tapa na cara de Calleri. Por causa desse lance, Vangioni foi expulso da partida e Calleri recebeu o cartão amarelo.
Porém, mesmo com um jogador a mais e com 2×0 na frente o que poderia ter sido tranquilo e placar definido, tornou-se um jogo dramático, isso porque o tricolor diminuiu o ritmo e tomou um gol de Alonso aos 38 em mais uma falha de Denis, e o jogo aquela tensão, o torcedor não via a hora do juiz apitar o fim do jogo. Ainda mais depois da expulsão infantil do João Schmidt. O River pressionava, buscava o empate e o frio na barriga aumentava, e se não bastasse, o Alan Kardec e Centurion que entraram no segundo tempo, no lugar do Calleri e Michel, respectivamente, perderam dois gols FEITOS! Thiago Mendes que havia entrado deu um passe açucarado para o Kardec que conseguiu perder um gol feito, e o Centurión deu uma furada na hora do chute. Momento de “Haja coração mesmo”!.
Lembra, do início do texto em que eu citei as boas vindas e do cenário da partida? Pois é, justamente isso, amigos. Teve quase de tudo no jogo, expulsão de cada lado, oportunidades desperdiçadas, faltas, descontrole do adversário, tensão, provocação, a torcida à loucura, disposição e muita RAÇA. ISSO É LIBERTADORES, ISSO É MORUMBI, ISSO É SÃO PAULO e um jogo digno de dois e tri campeões da América.
Em casa, com essa torcida, vai ser muito difícil alguém nos vencer -Bauza
E sim, O EL MORUMBI TE MATA!
#RUMOÀCLASSIFICAÇÃO
Com essa vitória ontem, o tricolor continua dependendo de si mesmo para avançar às oitavas de final. Agora com oito pontos, dividindo a liderança com o River, em segundo por critério de saldo de gols, o tricolor enfrentará o The Strongest, quinta-feira e um empate em La Paz, classifica o São Paulo para a próxima fase.
Estamos vivos! Que o São Paulo continue assim e parece que dessa vez, Bauza encontrou o time ideal e o time vem correspondendo.