1 – Matheus, nasceu e foi criado até a adolescência no Brasil, como foi sua adaptação nos Estados Unidos? Morando no Brasil, você já tinha vontade de ser jogador?
R: No começo foi difícil pois era uma língua que não era familiar, ainda mais por vir sozinho, minha mãe nem meu pai na época tinham condições de vir comigo. Tinha muita vontade pois o sistema me desanimou e nunca tive um representante então ficava ainda mais difícil.
2 – Como foi a experiência de atuar no futebol universitário? Quais foram os ensinamentos que você tirou da época? Qual você acredita ser a importância das ligas universitárias para o crescimento do esporte no país?
R: Não cheguei a ir para a faculdade, fui abençoado em poder assinar um contrato profissional com o San Jose Earthquakes (MSL) assim que acabei o ensino médio aqui nos Estados Unidos, ganhei uma bolsa de estudo através do futebol para estudar e jogar para o time da escola, aqui é algo que levam muito a sério os estudos e o esporte colegial. E é bem legal por que você consegue fazer os dois ao mesmo tempo sem precisar desistir de um e tinha muito apoio dos professores e todos na escola para manter boas notas para poder jogar por que com notas ruins você não joga. Se não tivesse assinado profissional tinham muitas faculdades que me ofereceram bolsa para estudar e jogar com tudo pago, não precisaria tirar um centavo do bolso. Engraçado que meu sonho sempre foi jogar nas categorias de base de grandes clubes no Brasil e virar profissional, pois com a ajuda de minha família, mas minha mãe martelando na minha cabeça que essa é uma oportunidade única, hoje olho o que vivi aqui e não trocaria por nada, nada mesmo. Meu primeiro ano fizemos uma viagem para Amsterdam Holland e jogamos contra o Ajax sub19. Entre outros lindos momentos que vivenciei, amo meu Brasil, pois em alguns aspectos estamos muito atrasados e o sistema nos limita muito.
3 – Apesar de um crescimento significativo do futebol, ainda há uma preferência pelo futebol americano e pelo basquete, acredita que há um caminho a ser percorrido para que o esporte seja apreciado cotidianamente?
R: Em certos estados o futebol já evoluiu bastante em questão de fãs e tudo mais. Acredito que a MSL tem um grande potencial para ser uma das melhores ligas de futebol. A estrutura que os times tem agora é impressionante pois futebol não é só estrutura.
4 – Atuou tanto na Major League Soccer com o Quakes, como na United Soccer League com o Reno e agora pelo Swope, qual a análise que você tem sobre a sua passagem pelos clubes? Como é a estrutura de uma equipe norte americana?
R: Com o Quakes foi meu primeiro ano como profissional então tive que aprender e adaptar, enquanto jogando tive contrato por duas temporadas e meia com o Quakes e fui de empréstimo a outros times o que me ajudou a manter ritmo de jogo e amadurecer. A estrutura da MSL é incrível tudo de primeira como equipes Europeias.
5 – Como é a relação com a torcida? Existem projetos para aumentar a proximidade da equipe com o público? O que você espera para o seu futuro? Pensa em atuar no futebol Europeu ou Brasileiro?
R: Esse ainda é uma das maiores diferenças pois acredito que aqui nos EUA existe uma variedade grande de esportes então é diferente de outros países que o principal esporte é o futebol.Vejo uma mudança muito grande, fãs acompanhando o time e tudo mais com o passar dos anos. Eu levo um dia de cada vez, estou feliz aqui, mas seria muito gratificante um dia poder jogar no país em que nasci.
6 – Individualmente, o que você espera para o seu ano e quais as expectativas para o ano do Swope?
R: O Swope é um time de tradição nas últimas temporadas vem feito um grande trabalho e também Kansas é um estado que tem uma história no futebol. Minha mentalidade é em seguir ganhando títulos com a equipe e crescendo como pessoa e atleta com ajuda do corpo técnico e dos meus companheiros de equipe. Estou muito feliz.
7 – Uma mensagem aos colunistas e leitores do site mercadodofutebol.com?
R: “Bem material? Muito fácil tirar de você. Seu conhecimento ninguém nunca vai chegar nem perto”. Obrigado pelo convite, um abraço e que todos tenham um 2018 abençoado.
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