O Jogo da Década
Era 2007, o ano em que o Juventude encerraria sua longa passagem de 13 anos consecutivos pela divisão de elite do futebol nacional, o time que chegou a ficar conhecido Brasil afora pela alcunha de “Highlander da série A” por manter-se firme e forte dentre os principais clubes do país acabaria finalmente rebaixado juntamente com Paraná, América/RN e o poderoso Corinthians.
Era o início de sucessivas catástrofes, péssimas administrações do clube aliadas ao descaso geral que partia da imprensa gaúcha, afinal não era interesse que houvesse uma terceira força a se combater nos pampas, foram levando o Juventude cada vez mais ao fundo do poço. Em 2008 ainda como um respiro, o Juventude fez razoável campanha na série B, terminando na 8ª posição a 7 pontos do acesso.
Após isso a coisa começou a ficar realmente feia, em 2009 o Juventude conheceria o pior capítulo até então de sua história centenária, sentiria o amargo paladar de ser rebaixado à terceira divisão nacional. Mas a tragédia não pararia por aí, no ano seguinte, em 2010, aconteceria o inacreditável, o catastrófico rebaixamento à um limbo de clubes chamado série D, a QUARTA divisão nacional, ficando pela primeira vez na história atrás de seu rival local, a SER Caxias, que havia permanecido na série C.


Como assim? O Juventude campeão do Brasil jogando a quarta divisão? Exato! E como foi difícil a readaptação de realidade. Havia quem achasse que seria barbada jogar a série D, porém foram necessários os campeonatos de 2011, 2012, para que somente em 2013 viesse o sonhado acesso e a retomada do caminho, com jogos épicos contra Londrina e Metropolitano, e com um Lisca Doido a beira do gramado.

Chegamos assim novamente à série C, onde em 2014 o Juventude ficou de fora do mata-mata do acesso por mísero 1 pontinho, ou em 2015 que seria ainda mais cruel, empatando com o quarto colocado em pontos, vitórias, saldo de gols e ficando de fora no quarto critério de desempate, por 1 mísero gol feito a menos.
Já estamos em 2016, e como já é de costume, dessa vez não iria ser mais fácil. Depois de perder preciosos pontos dentro de seus domínios o Juventude precisou buscar fora de casa, na última rodada, uma vitória contra o Mogi Mirim. Com participação fenomenal do arqueiro alviverde Elias, o Ju garantiria a vitória por 1×2 em terras paulistas. Mas não bastava ganhar, para classificar necessitava que o Ypiranga não vencesse o Guarani em Erechim, e o verde do Guarani ajudou o verde do Juventude, segurando um empate em 2×2 no Colosso da Lagoa e deixando dessa vez aquele mísero pontinho a favor do Juventude, estávamos classificados finalmente para o mata-mata do acesso.