Vasco demite Fernando Diniz e Alexandre Pássaro

Após a goleada sofrida para o Vitória em São Januário, que selou a permanência do Vasco na Série B em 2022, o Vasco já iniciou a tomada de decisões para a temporada de 2022. Após 4 derrotas seguidas e a não conquista do acesso para a Série A, o presidente Jorge Salgado comunicou ao técnico Fernando Diniz e ao diretor executivo Alexandre Pássaro que eles não trabalham mais na equipe cruzmaltina, em informação dada pelo portal ‘Atenção, Vascaínos’.

Mesmo com os planos de permancer no clube até o fim da Série B, Alexandre Pássaro não suportou a enorme pressão e se antecipou já comunicando a sua saída (leia a nota na íntegra abaixo). Fernando Diniz, que trabalhou com Pássaro no São Paulo e chegou ao Vasco através do dirigente, comandou o treino desta quinta-feira (11), mas foi comunicado no fim da tarde sobre sua demissão.

Fernando Diniz, técnico do Vasco  — Foto: Marcos Ribolli
 Foto: Marcos Ribolli

Fernando Diniz deixa o Vasco após 12 jogos, com 4 vitórias, 3 empates e 5 derrotas, obtendo 41% de aproveitamento. O treinador chegou com o bojetivo de levar o time de volta a Série A, mas, mas não resistiu aos maus resultados na reta final do campeonato.

Alexandre Pássaro, que foi o responsável pela montagem do elenco cruzmaltino em 2021, trouxe nomes como Vanderlei, Ernando, Zeca, Marquinhos Gabriel, Léo Jabá, entre outros jogadores, mas apenas Nenê gerou o impacto esperado na equipe. Sua política de contratações foi muito questionada pela torcida ao longo do ano.

Pássaro e e Diniz deixam o clube nesta quinta — Foto: Rafael Ribeiro/Vasco
Foto: Rafael Ribeiro/Vasco

Leia abaixo a carta de despedida do Vasco de Alexandre Pássaro:

Com a definição final e matemática da impossibilidade de acesso do CR Vasco da Gama, venho
por meio desta comunicar a decisão que já venho amadurecendo há algumas semanas. Tal
decisão seria a mesma também em caso de acesso e quem está ao meu lado tem conhecimento
deste fato.
Aceitei o convite do Presidente Jorge Salgado em dezembro, com a expectativa de um projeto
de continuidade na Série A. Mesmo
com o rebaixamento da equipe de 2020, segui no projeto
para, em paralelo, estruturar o Departamento de Futebol do Vasco e devolver a equipe à Série
A.
A estruturação aconteceu, com muita luta e a muito custo, mesmo com as dificuldades que
fazem parte do dia a dia do clube. O departamento agora é profissional, estruturado, com
processos desenhados e enxuto. Com a transparência que me é característica, enviarei aos
canais de comunicação os relatórios Operacionais e Administrativos do Departamento, apenas
e tão somente para que tenham conhecimento.
A segunda – e mais importante parte – que era o acesso à Série A fracassou e por isso faço meu
sincero pedido de desculpas à torcida vascaína e a todos os envolvidos. Não há argumento,
particularidade ou evento que justifique esse fracasso esportivo. Espero que, com a ajuda do
caminho pavimentado no Departamento, o Vasco esteja na Série A de 2023.
Sou grato pelas manifestações que recebi de roupeiros, seguranças, médicos, preparadores
físicos, demais funcionários, atletas e comissão técnica nos últimos dias, pedindo a minha
permanência – essas pessoas de dentro são as que têm mais conhecimento de tudo o que
fizemos aqui. Eu, por outro lado, tenho a autocrítica de projetar o futuro – em quaisquer dos
cenários – e estar consciente da minha decisão.
Por isso, se por um lado tenho a consciência tranquila de quem agiu sempre pensando no melhor
para o Vasco, estou extremamente triste e machucado pelo resultado esportivo final. Por esse
motivo entendo que a minha saída é melhor para o Vasco, para o Presidente Salgado e para a
própria estrutura consolidada.
O Presidente já sabia da minha decisão e eu gostaria de continuar até o final do campeonato,
mas então, hoje, o clube entendeu que era hora de antecipar as decisões de 2022 e assim
concordamos.
Jorge Salgado, a quem terei gratidão, respeito e admiração intermináveis, é NECESSÁRIO ao
Vasco e vai colher todos os frutos que tem plantado, ainda que debaixo de muita chuva e pouco
sol.
Saudações Vascaínas,
Alexandre Pássaro