A verdade nunca pode ser relativa. Fosse assim, ninguém seria capaz de aprender, já que o aprendizado vem da abstração de algo como uma verdade. Os técnicos de futebol aprendem o que julgam ser fatos absolutos. Todo técnico tem sua personalidade e suas convicções. Muitas vezes mantêm essas convicções de forma irredutíveis, afinal de contas, sabem mais dos trâmites do jogo em sua totalidade que os jornalistas e os torcedores. Porém, essa irredutibilidade pode causar uma hipertrofia na convicção, que acaba sendo teimosia. Esse é o único obstáculo do Vila Nova para subir pela primeira vez em sua história à primeira divisão do campeonato brasileiro.
Hemerson Maria está em ressonância com técnicos que não tiveram desfechos felizes. As vezes crê estar fazendo como Carille em 2017. O (ex) técnico do Corinthians era cobrado para tirar Rodriguinho, Romero e Jadson do time titular. Os três jogadores acabaram sendo peças fundamentais para o alvi-negro. Talvez o trio cômico de ataque Mateus Anderson, Ramon e Reis é, na visão de Maria, uma joia a ser lapidada.
Toda via, estamos na metade de um campeonato disputadíssimo e embolado. Não podemos perder mais pontos. A instituição Vila Nova Futebol Clube é infinitamente maior que o futuro de qualquer jogador, não se trata de uma instituição de caridade para reabilitar jogadores ruins. É um clube de futebol que precisa ganhar partidas e somar pontos para conquistar seus objetivos.
Diante disso, é mais provável que Hemerson Maria esteja ao lado de figuras que foram enterradas de barriga pra baixo junto com suas teimosias. Hemerson Maria está junto a Zé Ricardo, que, por exemplo, deixava Márcio Araújo como titular ao invés de escalar Cuellar, que hoje é fundamental para o Flamengo e talvez o melhor jogador do campeonato em sua posição. Hemerson Maria está junto com o técnico alemão Joachim Low, que, após uma pré-temporada relativamente ruim para os objetivos da seleção alemã, não adaptou seu time para vedar lacunas e acabou sendo eliminado na fase de grupos. Hemerson Maria está do lado de Ventura, técnico da seleção italiana, que fez a Itália ficar de fora de uma copa depois de 60 anos após insistir em um 4-2-4 sem sentido e em deixar craques como Insigne no banco. Hemerson Maria está do lado de Tite, que minou nosso hexa insistindo em Gabriel Jesus (monstro, mais ainda não está pronto) quando Firmino pedia passagem e em Paulinho, que sobrecarregava o meio e deixava um vácuo defensivo.
Os técnicos mencionados, assim como Maria, são ótimos. Mas foram demasiadamente teimosos diante convicções erradas que possuíam. No jogo da última rodada contra o Figueirense foi nítida a diferença quando os três atacantes favoritos de Maria foram sacados. Alex Henrique, Cavalo e Elias foram mais ofensivos, incomodaram mais, chegaram mais ao gol e deram esperança ao torcedor, que não saiu triste com a derrota. Embora dura, esta mostrou que é possível resolver o problema ofensivo que nos custou vários jogos. Muitos torcedores já se manifestaram no sentido de não assistir ao próximo jogo caso o mesmo trio de ataque seja escalado. Não os culpo. É bastante óbvio: o Vila aguarda a humildade de Hemerson Maria para poder conquistar o acesso.
Na mira do Liverpool, o sueco Alexander Isak, do Newcastle, recebeu uma proposta astronômica do Al-Hilal, da Arábia Saudita. Segundo…
O empresário Jorge Mas, um dos donos do Inter Miami, revelou que Messi estaria extremamente insatisfeito com a MLS. O…
O atacante Paulinho, do Palmeiras, foi mais um a notificar extrajudicialmente o Atlético-MG por conta de dívidas. De acordo com…