O Vila Nova terminou a décima quarta rodada do campeonato brasileiro série B como terceiro colocado, porém o torcedor saiu do estádio frustrado e a pressão sobre o time aumenta cada vez mais. Uma torcida que vê seu time invicto há 7 rodadas e no terceiro lugar abandona o estádio derrotado, melancólico, de luto, buscando em memórias do jogo uma autópsia. Por quê?
A começar por um velho tabu: em várias temporadas, o tigre da Vila fica entre os melhores visitantes, mas entre os piores mandantes. Subverte toda a lógica do futebol. O torcedor não está acostumado a ver glórias sem o intermédio de uma televisão. Em 2018, das 7 partidas disputadas em casa, apenas duas acabaram em vitória. Menos de 30% de aproveitamento em casa e o torcedor não vê seu time ganhar em casa há quase 3 meses. Na temporada de 2017, dos 19 jogos como mandante, apenas 8 acabaram em vitórias. Menos da metade dos jogos, 42% de aproveitamento. Em 2016, pior ainda: dos 19 jogos como mandante, apenas 6 vitórias. 31% de aproveitamento. Uma frágil terceira colocação, tendo em vista uma tabela embolada em um campeonato disputado, não consegue saciar o desejo que todo torcedor do mundo tem em poder ver com os próprios olhos a vitória de seu time, comemorar, vibrar com ele e seus irmãos de arquibancada. Nas últimas 5 vezes em que o torcedor vilanovense foi ao estádio nessa expectativa, foi frustrado.
Outra obsessão irritante do colorado goiano é o empate. O time tem apenas uma vitória a mais que empates (6 vitórias, 5 empates) sendo que nos últimos 3 jogos em casa os 3 foram empates; nos últimos 5, 4 empates (e uma derrota para o CSA). O empate sempre carrega uma frustração comedida, como uma pedra no sapato: não chega a causar um dano fisiológico desastroso, mas incomoda muito. Um empate sempre é oriundo a uma deficiência técnica ou ofensiva ou os dois. Esse, inclusive, é o terceiro aspecto.
O torcedor não consegue mais sustentar a hipertrofiação da defesa em detrimento de um ataque eficiente. É muito frustrante ver um time que se defende sem agredir. O Vila Nova tem a melhor defesa do campeonato, a que menos sofre gols (9 ao todo), mas tem também o terceiro pior ataque. Jogos como o contra Fortaleza e Ponte Preta casam muito bem as últimas duas frustrações frustradas: dois empates 0 a 0, com a defesa segurando as pontas com excelência e o ataque chegando de forma inofensiva na área do adversário.
A atmosfera fica ainda pior quando, buscando justificativas pra essa lista de enumeração, o torcedor se depara com discussões que ainda não foram resolvidas no futebol. Uma delas é quanto times que se jogam de forma mais fechada, menos vertical, se propõem a um jogo ofensivo. Há quem vê nesse expediente um anti-jogo, há quem vê covardia, há quem vê uma barreira a ser superada: depende do contexto. Às vezes Hemerson Maria recua bastante o time após este fazer gols: alguns concordam e alguns abominam, pois pode ocorrer o que ocorreu contra o Londrina na última rodada; fazer um gol, recuar, sofrer o empate e não ter mais o poder ofensivo pra buscar a vitória. Às vezes o adversário se propõe a jogar defensivamente contra o Vila e isso gera discussão também. Alguns se irritam com a incapacidade do ataque em quebrar a “retranca” e outros acham que é covardia do outro time. Outra discussão constante entre torcedores do Vila e a imprensa esportiva em geral, é a discussão sobre a função de um centro-avante, principalmente após a seca de gols de Gabriel Jesus na copa do mundo. Há quem perdoe a ausência de gols de um centro-avante quando este cumpre outras funções táticas e há quem não perdoa de forma alguma a falta de gols. No Vila, essa discussão não se restringe ao centro-avante, mas, sim, a todo o ataque. A soma de todos os gols dos atacantes do Vila não é superior à quantidade de gols do artilheiro do time, o meia Alan Mineiro, que aliás só fez 4 gols.
Diante todo esse cenário, não tem como o torcedor se sentir confortável com possibilidade de acesso ou posição na tabela. Ainda mais tendo em vista que os mesmos erros não são corrigidos e tabus não estão sendo quebrados. Dificilmente uma terceira posição frágil irá diluir essas preocupações justas do torcedor. Dificilmente a invencibilidade de 7 jogos irá animar um torcedor que não vê essa invencibilidade traduzida em vitórias. Talvez a situação não seja paradoxal como parece…
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