O Vila Nova Futebol Clube foi fundado oficialmente em 1943, então desde sua existência oficial só perdeu 3 Copas do Mundo. Nesta matéria, engendrada pelo clima de Copa do Mundo (que está tímido nesse ano, pra ser sincero), mostro como se passava o maior time do mundo durante a maior competição esportiva do mundo. Pode ser interpretada como um oportunismo para escrever uma breve história do Tigre da Vila, mas aí fica para a interpretação do leitor.
1950
Passado o tempo para as seleções europeias se reestruturarem após a Grande Guerra, o Brasil- escolhido de forma unanima- foi o país sede. O Brasil chegou a final contra Uruguai, foi a Copa do Maranazo, 200 mil pessoas assistiram a virada histórica do Uruguai diante o Brasil. Foi um ano triste para a seleção. Assim como foi para o Tigrão, que no ano anterior passou a se chamar Araguai, por determinação do presidente do clube, o Deputado Wilmar Guimarães. Em 1950, comandado pelo técnico Teodorico e sob o comando do arqueiro Onésio Brasileiro Alvarenga (cujo nome batiza a sede do clube), o clube goiano chegou à final do Campeonato Goiano, com dois pontos na frente do Goiânia. Assim como a seleção, o Vila jogava pelo empate e assim o jogo permaneceu, até que o jogador do Goiânia, Loló, balançou as redes. O tal gol do título foi muito contestado pelos jogadores no gramado, de forma que o Vila foi banido dos Campeonatos da Federação.
1954
O Brasil foi eliminado nas quartas-de-final na Copa da Suíça, pela Hungria de Puskas. Não foi um ano glorioso para nós. Mas estava sendo uma época relativamente boa para o colorado goiano. O clube ainda estava banido dos campeonatos da federação, cujos jogos estavam angariando menos audiência que os campeonatos de várzea disputados pelo Tigre. Os clubes então exigiram o retorno do “Operário” (outras mudança de nome) para os campeonatos oficiais da federação.
1958
Pelé conquista a primeira copa para o Brasil. Na Suécia, vencemos os donos da casa na final e começamos uma jornada que culminaria na seleção com mais copas do mundo até a data em que este texto é escrito. Histórico para a seleção, mas um ano descartável na história do Vila Nova (nome normal agora). Onésio Brasileiro assumiu o cargo em que levaria o clube a suas primeiras conquistas e o campeonato terminou com uma terceira colocação no campeonato goiano.
1962
A seleção brasileira tinha Garrincha e Pelé, dois gênios de impossível equiparação até os dias de hoje. Na Copa do Chile o resultado só poderia ser um: Brasil bi-campeão da copa do mundo. A seleção goiana também foi vencedora: o Tigrão foi bi-campeão goiano, dessa vez invicto.
1966
Ano trágico. Brasil foi eliminado na fase de grupos (Inglaterra, país sede, ergueu a taça) e o Vila perdeu a final do campeonato goiano para o maior rival, o Goiás. Sequer vale a menção
1970
90 milhões em ação. O Brasil, com um dos melhores elencos de sua história ( Pelé, Gerson, Jairzinho, Carlos Alberto) levou a Copa do México com autoridade em cima da Itália. Venceu de 4×1 e levou a Taça Julies Rimet pra casa. O ano foi importante na história política do país, já que a copa representou uma vitória para a Ditadura Militar, que aproveitou da conquista para fazer propaganda de seu regime. O ano foi bastante político na toca do Tigre também. Não houve conquista, mas houve uma grande disputa interna pela presidência do clube.
1974
A Laranja Mecânica destruiu o sonho do tetra e foi destruída pelo país-sede, a Alemanha. Copa de dois gênios: Beckenbauer e Cruyff. Mas não foi tão genial para o Brasil. Para o Vila também não, mas o Tigrão fez fato inédito: levou bronze no mundial de basquete disputado no México, tendo sido o campeão brasileiro e sul americano.
1978
Em 78 o Brasil ficou em terceiro lugar, vendo seu rival, a Argentina sagrar-se campeã em casa. Curiosamente, o Brasil perdeu a copa sem perder um jogo sequer. Por outro lado, em Goiânia, o Vila não foi permissivo com o seu rival como foi o Brasil. Sagrou-se bi-campeão goiano em cima do rival, o começo de várias conquistas que culminaram no tetra-campeonato goiano em 1980.
1982
A seleção canarinha, uma das melhores da história, foi para a Espanha em busca do tetra. Estava com 100% de aproveitamento quando enfrentou a Itália, que havia ganhado apenas um jogo. Em uma das maiores decepções da história brasileira nas copas, o Brasil foi eliminado pela Itália, que venceu a Copa. O Vila também montou um elenco digno de taça, mas não decepcionou como fez a seleção. Foi campeão goiano em cima do rival novamente.
1986
Em 86 o Vila Nova estava em crise, batalhando no campo administrativo. Não houve nada digno de ser enunciado aqui. Em tímida concordância com a seleção, eliminada novamente antes das semifinais, nas quartas, contra a França. Ziko e Sócrates erraram pênaltis. Pra piorar, quem levou o caneco foi a Argentina. Bom ano para ser apagado da história.
1990
Em quatro anos pouco mudou para a seleção e para o Vila. O Brasil foi eliminado nas oitavas pela Argentina. O Vila Nova, sem atuações eloquentes, só não caiu pela atuação do presidente Zanderlan, que segurou bem as pontas durante a crise.
1994
Ano trágico para o Vila, que perdeu o campeonato goiano na final para o Goiás. Não foi um ano de glórias. O ano foi, de certa forma, trágico para o Brasil também, que enfrentou a morte de um ídolo. Ayrton Senna morreu de forma trágica e deixou um vazio nas tardes de Domingo. Felizmente, a seleção conseguiu trazer uma alegria. Nos Estados Unidos, se vingou da Itália por 82 e foi tetra campeão.
1998
O Vila Nova chegou em oitavas de final da Copa do Brasil pela primeira vez na sua história. Enfrentou o Vasco da Gama. O primeiro jogo acabou em 2×0 para os Cruz-maltinos e o segundo 0x0. Uma eliminação, mas de certa forma um marco. Nada grandioso. Assim como a final da copa de 1998. O fenômeno Ronaldo sofreu uma estranha perda de consciência na manhã do jogo, que começou bem estranho: Edmundo começou no ataque. Terminou de forma ainda mais bizarra: França vencedora, placar final 3×0, dois gols de Zidane.
2002
Em 2001, a folha mensal do Vila era de 500 mil reais. Em 2002, passou a ser de 40 mil. O clube quase acabou. Felizmente, conseguiu uma verba com a entrada na FBA, clube dos 13 da série B. Da para escrever um livro inteiro sobre os milagres econômicos que o Vila realizou para sair da crise naquele ano. Diametralmente oposta, a seleção estava muito bem. Apesar de começar o torneio sendo bastante questionada, o desfecho foi feliz. Primeira seleção pentacampeã do mundo.
2006
Ano tragicamente coeso entre o Tigrão e a seleção. O Vila foi rebaixado para a terceira divisão e o Brasil foi parado novamente pela França, com mais uma atuação de gala de Zidane.
2010
O Vila evitou o rebaixamento em uma partida emocionante. O Vila só dependia de si mesmo para escapar e o Brasiliense estava na cola. O jogo estava empatado em 1×1 quando foi anunciada a vitória do Brasiliense. Durante 5 minutos o mais querido clube do centro-oeste estava sendo rebaixado. Mas no fim do jogo Max Pardalzinho fez o gol e salvou o Tigre da Vila. Não foi um ano memorável, mas esse jogo foi . O Brasil também sofreu uma eliminação traumática diante da Holanda. Até hoje há um duelo de esgrima entre os dedos, que ora apontam para Júlio Cezar e ora apontam para Felipe Melo.
2014
Foi o pior ano da história do Vila e da seleção. A seleção de Goiânia foi rebaixada para a série C e para a série B do estadual. A seleção brasileira, bem todo mundo sabe. O maior vexame da história do futebol.
2018
O Brasil entra junto à Alemanha e Espanha como favorito. Embora o elenco seja bom, paira muita dúvida ainda sobre a capacidade dos maiores expoentes da seleção: Tite, autor de uma escalação bastante criticada, e Neymar, o gênio da equipe parado há dois meses. O Vila Nova está com o seu melhor elenco desde 2008, talvez até melhor. Até o momento em que escrevo, está no G4 e é favorito para subir, com um começo de campeonato jamais feito na sua história.
Não sou capaz de profetizar nada. Só espero que a semelhança de resultados entre o maior do centro oeste e a maior do mundo sejam similares como foi em 62. Também torço para que não aconteça igual a última vez, em que o ano foi trágico para as duas seleções. De qualquer forma, fico tranquilo, pois a retrospectiva deixa algo bem claro: “a esperança é como o sol. Se você só acredita quando vê, não vai sobreviver à noite.”
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