Vila Nova

Vila empata mais uma e segue em crise

No futebol há verdades universais. Pênalti roubado não entra,  quem não faz leva, 2×0 é o placar mais perigoso possível, clássico não tem favorito, e assim segue a lista introdutória da suma teológica do futebol. Acrescento a essas uma verdade mais específica do que universal, mas que, ao contrário das outras citadas, descreve a realidade com a precisão de uma lei universal. O Vila Nova Futebol Clube, independentemente do adversário, joga o mínimo para quase ganhar. Há dois anos é assim. E é sempre algo místico, como uma lei matemática imposta ao time do povo goiano. Entretanto, hoje, o Vila Nova empatou por uma razão muito mais simples: uma mediocridade técnica assombrosa e patética de se assistir.

São 7 jogos, um gol. 7 jogos, 0 vitórias. 7 jogos, 21 pontos disputados e nem a metade conquistada. Jogos como o de hoje deixam transparente o motivo. Em várias situações o Vila não tem qualidade técnica para fazer o que lhe é proposto. A saída de bola almejada só é possível com um goleiro líbero:  Pasinato não é, não consegue jogar com o pé e, ou erra o passe e cria risco, ou acaba fazendo uma ligação direta de raro sucesso. Além disso, mesmo quando o arqueiro repõe bem a bola, não há ninguém capaz de dar vazão para passar a bola da defesa para o ataque, o máximo que se consegue são passes curtos, avanços tímidos, que não conquistam nada. Os jogadores percebem o fracasso nessa saída e buscam lançamentos ou lampejos de Maguinho, tornando a tentativa de saída de bola de qualidade ingênua, ineficiente e inútil. No momento do malogro percebem, mas não percebem ao ponto de mudarem a estratégia junto com Hemerson Maria. Outra falha gritante é a (in)capacidade de infiltração na área. O Tigre da Vila cria muito, sempre chega com Maguinho, Alan Mineiro, Wellington Reis, ou até mesmo os pontas criando pelas laterais. Porém, raramente chega na área e, quando chega, é em decorrência de um cruzamento ou uma falha do adversário. Quando a bola chega na área, impera um problema insuportável: a falta de um artilheiro. Hoje, uma atuação decepcionante de Felipe Silva escancarou a crise no ataque do colorado: de titular um jogador alto, forte, incapaz de vencer disputas aéreas; não marca bem, não tem velocidade para alcançar a bola em lançamentos, não dribla, não chuta bem, enfim, de recurso nenhum- a julgar a performance de hoje. A titularidade questionável não escancarou apenas a falta de artilheiro mas também uma irredutibilidade de Hemerson Maria difícil de se defender. Maria adota jogadores e os coloca acima dos interesses do clube, para manter o elenco. A simpatia de um jogador não está e nunca estará acima da alegria do torcedor vilanovense. Que fique claro.

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