Vila Nova

Vila empata mais uma vez e dá adeus ao sonho do acesso

A matemática tornava possível, mas o histórico no campeonato engendrava uma postura mais cética. O Vila Nova entrou em campo com bons resultados na rodada e confronto favorável. Porém, precisava de cautela. Além de depender de outros resultados, precisava, antes de fazer contas, vencer o jogo. O problema é que a equipe do Vila tem obsessão por empatar jogos importantes em casa…

E foi o que aconteceu. Assim como aconteceu contra o Paysandu há duas rodadas. Dois jogos contra times pleiteando o rebaixamento e mesmo assim o Tigre da Vila não foi capaz de vencer o jogo. Certamente, lhe convém a permanência na série B, ao contrário do Avaí: o time de Santa Catarina jogou com 5 candidatos ao acesso nas 5 últimas rodadas e só perdeu para o Fortaleza, inclusive venceu o Goiás e o CSA na casa destes.

O jogo contra o Criciúma, assinalo, não foi mal jogado. O Vila finalizou duas vezes e conseguiu marcar dois gols. Ainda impressiona o fato de sempre funcionar para os adversários jogar em duas linhas de quatro na defesa. Porém, isso está mudando, houve uma reação e o goleiro catarinense operou 3 milagres. A bola simplesmente não entrou.

Não há quem culpar, sim, mas os elogios também são escassos. A frequência de jogos em que quase ganhamos é assombrosa. Pequenos erros são fatais. No primeiro turno, Alan Mineiro (que fez excelente campeonato) errou um pênalti contra o Fortaleza porque tentou dar uma cavadinha no meio do gol. O jogo ficou 0x0. Seriam três pontos a mais. Dou vida a esta memória não para atacar o camisa 10, mas para lembrar que pequenos erros custam muito caro e o Vila Nova estourou sua cota e sua sorte.

Os próximos dias, dias de luto, serão de muita especulação. Todos sabem inúmeros motivos que nos levaram a uma sucessão de eventos indesejáveis: algumas alterações ruins do técnico, que persistia em jogadores ruins (mas, devo dizer, esta prática é comum, pois dá segurança aos jogadores e tranquilidade, o que é fundamental para aqueles que jogam em posição de finalização); ineficiência do ataque e na bola aérea; insuficiência técnica de alguns jogadores…

Seria bom e cômodo nos apegarmos a explicações que isentam todos da culpa, como mala branca e bicho. Mas dessa vez não foi o caso. Jogamos um bom campeonato, só não o suficiente. Faltou pouco. O futebol é um jogo de ciência escolástica (na abstração renascentista da palavra): concilia razão e fé. O Vila Nova, um time de futebol, não foge da equação: concilia uma série de fracassos-cuja explicação é perfeitamente racional- e uma fé inexplicável por um time que é vereda de um amor imensurável e inacessível à razão humana. Vila que segue… junto conosco.

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