Vila volta espoliado para Goiânia

A expectativa sobre o Vila Nova nos últimos dois jogos era a conquista de pelo ou menos 2 pontos (2 empates). Enfrentou o vice-líder (na época do jogo) e o líder, ambos fora de casa. Logo, seria perfeitamente normal sair sem vitórias. Conseguiu sair com 3 pontos, vencendo o CSA e, na última sexta, perdendo de 2×0 para o Fortaleza. Por mais que a situação seja razoável e esperada, tendo em vista a qualidade da equipe liderando o campeonato e a circunstância do confronto, a sensação é de decepção. O elenco volta à Goiânia espoliado. Explico.

É certo que o Tigre da Vila não merecia ganhar o jogo, mas o placar de 2×0 é desequilibrado. Tudo bem, normal e de pouca relevância. Na derrota destacam-se outros fatores preocupantes, como a expulsão de Gastón. O lateral tem um histórico de fazer faltas desnecessárias e perigosas, algo que já deveria ser corrigido. Acabou levando às últimas consequências a sua imprudência e foi expulso, minando a defesa colorada e desfalcando para o próximo jogo. O lado positivo é que o reserva, Hélder, tem toda a capacidade de substituí-lo (alguns até defendem substituição perpétua). O lado ruim é que foi suspenso. Dois desfalques na mesma posição, em um jogo cujo empate era uma possibilidade real. Não há alegria nisso, independente da manta cética utilizada.

Pelo ou menos são 3 jogos seguidos em Goiânia. Pode não ser muito: um não contará com o apoio  da torcida (mando do Atlético e torcida única), porém o desgaste de viagens por um país continental é grande, e bom de evitar. O elenco tem capacidade de vencer todos os confrontos. Aliás, é capaz de vencer qualquer time na competição (não venceu o Fortaleza em nenhum dos turnos, mas se trata de possibilidade, isto é, capacidade técnica). Falta pouco para engrenar em vitórias. Provavelmente um conjunto de variáveis aleatórias que ninguém no futebol é capaz de dominar. A esperança é os outros adversários partilharem desta ignorância supostamente metafísica.