Entrevista com Geninho, técnico do Vitória

Geninho está em uma nova passagem pelo rubro-negro baiano, uma como jogador e três como técnico. Homem de confiança do atual presidente do clube, o técnico já foi campeão brasileiro, com o Athletico Paranaense, e tem passagens por diversos times do Brasil e do Mundo.

O ano de 2020 vem sendo bastante positivo em comparação com o que viveu o time rubro-negro no ano anterior. 2019 ficou marcado no Vitória como um ano trágico, de várias eliminações, pouco futebol e crises. A eleição para presidente do clube precisou ser adiantada, mas os problemas já eram de grandes proporções.

O Leão havia sido eliminado, ainda na primeira fase, da Copa do Brasil, para o Moto Clube, e na Copa do Nordeste se classificou para as quartas de finais, onde foi goleado pelo Fortaleza, sem vencer sequer um jogo.

A chegada de Geninho deu animo ao time e a torcida. O técnico foi importante na luta contra o reixamento e ajudou na reformulação do elenco e no planejamento de futebol deste ano.

Eugênio Machado Souto, ou Geninho, nasceu em 15 de maio de 1948 na cidade de Ribeirão Preto-SP. Foi jogador de futebol, na posição de goleiro, e defendeu algumas equipes do sul e sudeste do país.

1- Como é assumir, já no final do campeonato, um clube em crise e que brigava contra o rebaixamento, e agora fazer parte do planejamento desde o início do ano?

R- É sempre bom encarar um novo desafio. É o reconhecimento do trabalho realizado.

 

2- Qual a sua opinião sobre a utilização do time de aspirantes para jogar o Baianão, e deixar o principal com as competições de maior retorno financeiro?

R- O calendário com várias competições simultâneas obriga o clube a fazer isso.

3- Apesar da invencibilidade, pode-se perceber o baixo número de gols e de chances criadas pelo time do Vitória. A diretoria ja busca novos atacantes ou subir alguém do sub-23? Já foi possível mapear quais áreas precisam de reforços? Já existem nomes?

R- O time ainda está em formação e os ajustes serão feitos de acordo com as necessidades. Como já disse, o time está em formação e na sequência dos jogos, os ajustes serão feitos.

 

4- Há bastante tempo o número de jogadores machucados e com contusões recorrentes vem atrapalhando os planos do Vitória. Existe algum planejamento voltado para o melhoramento do Departamento Médico?

R- As contusões fazem parte do trabalho, o departamento médico do Vitória é bastante competente.

 

5- Você acaba de comandar o time num clássico. Qual a sua opinião sobre a determinação do MP-BA sobre torcida única e como isso impacta no jogo?

R- Acho muito ruim o jogo de uma torcida só, perde a graça da rivalidade.

6- Essa é a sua (quarta) passagem pelo Vitória. Qual a sua relação com o clube e no que você acredita que melhorou/piorou desde a sua primeira passagem?

R- Essa é a minha quarta passagem pelo Vitória, uma como jogador e a terceira como técnico. A relação é muito boa e o clube melhorou muito com o passar dos anos.

 

7- A torcida gosta de dizer que o Barradão é Mágico. Qual sua opinião sobre a influência e importância do Manoel Barradas para o Vitória, torcida e para o futebol?

R- A torcida e os jogadores gostam do Barradão, é a casa do Vitória, onde trabalhamos todos os dias e isso ajuda.