Érika Cristiano dos Santos nasceu dia 4 de fevereiro de 1988, em São Paulo. A jogadora atuou pelo Juventus (SP), Santos, Gold Pride-EUA, Foz Cataratas-PR, Centro Olímpico e PSG, além de ter inúmeras convocações para defender a seleção brasileira. Atualmente joga no Corinthians.
1- Quais foram as dificuldades que você enfrentou para se tornar jogadora de futebol?
R: No começo enfrentei as dificuldades normais para a maioria dos jovens, como por exemplo: falta de dinheiro para ir treinar, ter que sair correndo da escola para ir treinar e almoçar dentro do ônibus lotado, diversos tipos de preconceitos e muitos outros obstáculos. Porém, nada que me fizesse desistir dos meus sonhos.
2- Você já atuou nos Estados Unidos e na França. Fora do Brasil o futebol feminino é mais valorizado?
R: Acredito que sim. O futebol feminino vem crescendo muito no Brasil e o Corinthians é uma prova disso, pelo trabalho sério que realizam. Porém, no aspecto geral, ainda falta bastante apoio ao futebol feminino aqui no Brasil.
3- Você é uma jogadora que atua em diversas funções. No Santos jogou como volante e meia, no PSG jogou como zagueira e no Juventus da Mooca jogou como atacante. Em qual posição você se sente mais confortável em jogar?
R: Como você mesmo disse, durante minha carreira fui treinada em diversas posições e meu foco sempre foi ajudar as equipes por onde passei. Atualmente, não é diferente. Procuro adaptar meu jogo de acordo com o perfil de companheiras que estão ao meu lado. Definitivamente, não tenho preferências.
4- Qual a sensação de poder vestir a camisa da seleção brasileira e conquistar um título com essa camisa?
R: Vestir a camisa da seleção e representar o meu País é a realização de um sonho de criança. Ganhar títulos então, é algo inexplicável. É o principal objetivo de toda atleta.
5- Você já foi campeã brasileira, paulista, da Copa do Brasil, da Libertadores, campeã paranaense e da Copa da França. Pela seleção, mais conquistas. Na seleção de base conquistou o mundial sub-19, foi bicampeã sul-americana e campeã mundial sub-20. Com a seleção principal, ganhou três vezes a Copa América e foi ouro no Pan-americano em 2015. Você conquistou vários títulos, mas qual foi para você a conquista mais marcante ?
R: Toda conquista tem um gostinho especial. Inclusive, as “batidas na trave”, pois até os vice-campeonatos tem seus méritos. Tenho lembrança de todos com muito carinho. Porém, se tivesse que escolher uma competição, a conquista da medalha de prata nas Olimpíadas de 2008 foi marcante.
6- Ano que vem será realizada a Copa do Mundo de futebol Feminino, na França. Você tem expectativa de ser convocada? Quais são as chances do Brasil ser campeão?
R: Estou trabalhando forte como sempre fiz, visando esse objetivo. Quem não quer estar em uma Copa do mundo? Acredito que com o trabalho correto e focado, teremos chances de brigar por algo interessante na competição.
7- Neste seu retorno ao Brasil, por que você escolheu jogar no Corinthians?
R: Minha vinda para o Corinthians foi muito por acaso. Voltei para o Brasil para uma cirurgia e queria ficar um pouco perto da família. Um dia fui assistir a uma partida das meninas na fazendinha e o Arthur me chamou para conversar e me fez o convite. Eu tinha uma proposta da China, mas estar perto da família e o coração corintiano falou mais alto.
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