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Eduardo Bauermann é afastado pelo Santos

Filipe Dias

Após os novos desdobramentos da denúncia do Ministério Público de Goiás, nas investigações do esquema de apostas esportivas da operação Penalidade Máxima II, a diretoria do Santos, optou em afastar o zagueiro Eduardo Bauermann, enquanto o jogador não esclarece o ocorrido.

A diretoria santista, inicialmente havia optado em se reunir com o jogador e seu empresário, mas segundo o UOL, mesmo antes da reunião, o jogador será afastado. A diretoria santista no momento, não cogita uma possível demissão por justa causa, e também não deve aceitar um pedido de rescisão contratual nesta reunião que acontecerá nesta terça-feira. O zagueiro tem contrato com o Santos até 31 de dezembro de 2024.

Segundo acusação do Ministério Público, o zagueiro santista recebeu R$ 50 mil, para receber cartão amarelo, que deveria ser antes da partida contra o Avaí, no dia 5 de novembro. A informação inicial publicada pela VEJA, ainda aponta que como não recebeu o cartão amarelo contra o Avaí, como fora combinado, o zagueiro deveria ser expulso contra o Botafogo, na rodada seguinte. A expulsão aconteceu, por reclamação, após o apito final do árbitro.

A decisão pelo afastamento do jogador, veio após uma nova publicação da VEJA, onde conversas de whatsapp foram divulgadas. Confira o teor conversado antes do jogo contra o Avaí. O zagueiro ainda cita seu próprio empresário, afirmando que em tom de brincadeira, havia falado que também faria aposta, mas não acreditava que poderia acontecer:

Bauermann: “Mano, só me avisa antes se realmente vai dar para fazer, senão nem tomo cartão à toa, entende?

Apostador: “Fica em paz, irmão. Vai dar certo. Nós sempre dá um jeito. Mano, se você falou para alguém (da) aposta manda não apostar mais, demorou? Tamo junto, vamos para cima”.

Bauermann: “Não, não, nem falei nada, mano… Quem comentou que faria uma aposta também foi o Luiz Taveira, mas ele falou brincando. Acho que não iria fazer. Mas se alguém me chamar aqui para fazer, vou cortar já”.

Após o não cumprimento, o apostador em outro tom, retoma as conversas com o zagueiro, cobrando o que foi combinado:

Apostador: “Truta, o que você fez da sua vida, mano? Qual a fita? Truta, você foi pago para fazer o que, mano? Você vai pagar todo meu prejuízo, mano. E aí, truta?

Após a partida contra o Botafogo, o apostador novamente conversa com o zagueiro, cobrando o prejuízo, e ainda ‘falando’ como deveria ter feito, para ser expulso:

Apostador: “Olha a p… da m… que você fez. Mano, por que você não fez a p… que eu te falei? Mano, por que não tomou essa p… no primeiro tempo? Por que não deu uma p… de uma cotovelada? Mano, por que você não me escuta, mano? Você me f… de novo, mano. Mas dessa vez você vai resolver. Mano, você vai me pagar tudo. Eu te pedi, eu confiei em você, mano. E você me desonrou. De novo, mano. Não estou acreditando nisso. Não deu certo porque você não escuta os outros. Era uma p… de uma cotovelada, um tapa na cara do jogador. Só isso, você não fez, mano, porque você não quis”.

Bauermann: “Mano, de coração, não foi porque eu não quis, eu te juro! Senão não tinha tomado nem no final e teria inventado uma desculpa para você…”