Em 2020, edição teve uma final paulista no Maracanã (Divulgação/Conmebol)
Com uma vaga já garantida entre os quatro melhores, se os outros brasileiros passarem, Liberta vira ‘Copa do Brasil’
A Copa Libertadores começa sua fase de quartas de final nesta terça-feira (10) com o clássico paulista entre São Paulo e Palmeiras, às 21h30, no Estádio do Morumbi. Na quarta-feira (11), o Olímpia recebe o Flamengo em Assunção às 19h15 e o Atlético Mineiro visita o River em Buenos Aires às 21h30.
Fechando a semana, o Fluminense duela contra o Barcelona, do Equador, no Maracanã, na quinta (12), às 21h30. Com uma vaga na semifinal garantida, se os outros brasileiros passarem, será a primeira vez em 62 anos de Libertadores com apenas um país entre os quatro melhores.
Até o ano de 2000, era impossível acontecer uma semifinal só com equipes do mesmo país. Pela distribuição de vagas, uma federação poderia ter no máximo três representantes – dois classificados e o campeão. Nos primórdios da competição, somente os campeões nacionais disputavam a Copa – período entre 1960 e 1965. Na edição de 1966, que os brasileiros decidiram não participar, o número aumentou para duas vagas mais por país. Essa distribuição se manteve até 2000.
No final do milênio passado, o número passou para quatro times para Brasil e Argentina e três para os demais com exceção de Venezuela e México (esses com duas). Assim, foi a primeira edição sem os grupos binacionais e com a chance de uma semifinal de um país só. No tricampeonato do Boca Juniors, a semifinal foi composta também por Palmeiras, América, do México, e Corinthians.
Desde então, a Libertadores era uma competição do primeiro semestre, não durando todo o ano. A Confederação Sul-Americana de Futebol mudou tudo na edição de 2017. O número foi para 47 clubes – em 2016 eram 38 – e o Brasil passou a ter sete vagas (cinco para os grupos e duas para as prévias) e Argentina seis (cinco para os grupos e uma prévia). Os outros oito países ficaram com duas diretas aos grupos e duas nas prévias.
A partir de toda a mudança, a Copa ficou para Brasil ou Argentina nas últimas quatro edições. Em 2017, Grêmio levantou seu tricampeonato. Em 2018, o River foi tetra. Em 2019, o Flamengo foi bi na final única em Lima. E o atual campeão é o Palmeiras. Fora desse eixo, o Atlético Nacional foi campeão em 2016 e o Barcelona semifinalista em 2017.
Das últimas 16 vagas na semifinal da Libertadores, somente oito clubes tomaram posse delas. São eles: Grêmio, Lanús, Barcelona, River Plate, Boca Juniors, Palmeiras, Flamengo e Santos. Todos esses resultados para Brasil ou Argentina começaram a gerar o debate se clubes de outros lugares não deveriam estar ali também. Alguns chegaram até a sugerir clubes dos Estados Unidos e do México para dar mais competividade.
No entanto, é para se levar em conta investimentos de hermanos e brasileiros na hora de pensar sobre isso. Os recursos são maiores que os demais. Porém, a política da Conmebol acaba por favorecer quem tem mais vagas e dinheiro. Somente três países entre os quatro melhores desde 2017 não é mera coincidência. Onde estão Uruguai, Paraguai, Chile, Colômbia, Bolívia, Venezuela e Peru? O paisito será apenas o palco da final única em Montevidéu no dia 27 de novembro.
Se eles recebem menos vagas e premiações, fica mais complicado reverter um panorama que beneficia brasileiros e argentinos. Hoje, a Libertadores é menos democrática do que deveria. Essa falta de alternância é como uma República Café com Leite. É ele ou o outro, nunca tem o alguém mais.
Na edição de 2021, Olímpia e Barcelona, paraguaios e equatorianos, tentam fazer o que parece impossível nos tempos atuais, tirar vaga na semifinal de Brasil e Argentina. E se os brasileiros confirmarem suas vagas, temos uma ‘Copa do Brasil’ internacional.
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