Un día como hoy: há 10 anos, o Internacional ganhava o bi da América
O Sport Club Internacional, de Porto Alegre, está na prateleira dos bicampeões da Libertadores da América junto aos compatriotas Cruzeiro, Flamengo e ao colombiano Atlético Nacional. Há 10 anos, no dia 18 de agosto de 2010, em uma noite no Estádio Beira-Rio, a equipe capitaneada por Fabian Guedes, o Bolívar, levantou a segunda Copa da história do Clube do Povo em sua terceira final de Libertadores.
O Colorado, antes de 2010, já tinha jogado por duas vezes a decisão da Libertadores e colecionava uma conquista, em 2006, diante do São Paulo, no mesmo Beira-Rio. A outra final foi há 40 anos, em 1980, a derrota para o Nacional, do Uruguai. Assim, o un día como hoy, como é tradição, rememora um dos grandes dias do futebol latino, especialmente para a parte vermelha de Porto Alegre.
O bi da América em 2010
O Inter conseguiu a vaga para a Libertadores de 2010 após ser vice-campeão do Campeonato Brasileiro em 2009, vencido na última rodada pelo Flamengo. Com isso, ia diretamente para a fase de grupos da competição continental. O grupo 5, além do brasileiro, tinha Deportivo Quito e Emelec, do Equador, e Cerro, do Uruguai. A equipe do então treinador Jorge Fossati passou invicta. Venceu os três jogos em casa: 2 a 1 no Emelec, 2 a 0 no Cerro e 3 a 0 no Deportivo; e empatou os três fora: 0 a 0 contra os uruguaios, 1 a 1 em Quito e 0 a 0 em Guayaquil. Assim, fez a 6ª campanha geral.
O adversário na fase semifinal foi o Banfield, da Argentina, 11° na colocação geral. Por ter feito melhor campanha, o Colorado decidiria em casa o confronto. Com arbitragem polêmica e erros para os dois lados, o Banfield complicou a vida do Internacional no Estádio Florencio Sola. Com apenas 19 anos, o colombiano James Rodríguez abriu o placar para os locais, Kléber empatou. Mas Battíon e e Sebástian Fernández deram números finais em Banfield. A volta foi em Porto Alegre e o gol de Kléber foi fundamental. O Inter venceu por 2 a 0 com gols de Alecsandro e Walter e avançou às quartas.
As quartas de final foi diante do então campeão Estudiantes de La Plata com o jogo de decisão na Argentina. O Internacional conseguiu seu gol no final da partida no Beira-Rio com Gonzalo Sorondo. A volta em Quilmes, no Centenário, foi tensa para os brasileiros. O placar era favorável, mas aos 22 minutos do primeiro tempo, era o tetracampeão da América quem passava com gols de Leandro González e Enzo Pérez. O alívio veio no apagar das luzes em meio ao ‘fumaceiro’ em Quilmes com Giuliano. 2 a 1 e pelo gol fora, a semifinal teria o Inter.

O rival era da final de quatro anos antes da Libertadores, o imponente São Paulo com a decisão no Estádio do Morumbi. Porém, o treinador Jorge Fossati havia sido demitido na parada da Copa do Mundo. A Libertadores teve uma pausa na fase de quartas de final e só voltou após o final do mundial vencido pela Espanha. Celso Roth assumiu e no primeiro jogo pela Liberta, Giuliano decidiu novamente. A volta no Morumbi foi mais um mata-mata vencido no limite do gol fora. Alex Silva abriu o placar para os locais em falha do goleiro Renan, Alecsandro em após desviar falta de D’Alessandro empatou. Na sequência, Ricardo Oliveira fez o 2 a 1 para o Tricolor. O final ficou 2 a 2 no agregado e o Inter passou pelo gol fora.