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Un día como hoy: o Boca ganhava sua terceira Libertadores

Há 20 anos, em un día como hoy, o Boca Juniors ganhava seu tricampeonato de Libertadores da América. Era o primeiro título de Copa para a equipe xeneize em 22 anos e o primeiro da era do treinador Carlos Bianchi no time de La Boca. A história foi escrita em São Paulo, no Estádio do Morumbi. Nos pênaltis, assim como a primeira Copa do Boca.

Un día como hoy rememora datas importantes, títulos, gols e outras curiosidades do futebol da América Latina que ocorreram no passado. Confira a última matéria no link abaixo.

O Boca Juniors é o segundo maior campeão da história da Copa Libertadores (atrás apenas do Independiente, que tem sete) e o clube com mais finais da Copa. São seis títulos e cinco vice-campeonatos, sendo um para seu maior rival, River Plate, que foi a chamada Final del Mundo.

A conquista da Libertadores de 2000 foi uma das mais importantes para a história da equipe de La Bombonera. Primeiro, acabou com o jejum de 22 anos sem Copa e foi a última competição do último milênio. Vale lembrar que o Boca também conquistou a taça no ano seguinte e até o momento, é o último a ser bicampeão.

 
Jorge Ribolzi, Rubén Suñé, Franscico Sá, Hugo Gatti, Carlos Veglio e Ernesto Mastrángelo fizeram parte do primeiro elenco bicampeão do Boca em 1977 e 1978 (Arquivo/Conmebol).
 

Tricampeonato do Boca

O Boca Juniors conseguiu sua vaga para a Libertadores ao vencer o Torneo Apertura de 1998 e o Clasura de 1999. Assim, era o atual campeão argentino com o histórico treinador Carlos Arcesio Bianchi, ou simplesmente Carlos Bianchi, que conquistou quatro Copas Libertadores, uma com o Vélez, em 1994, e três com o time Azul y Oro (2000, 2001 e 2003).

A Copa começou no grupo 2 no dia 23 de fevereiro com derrota para o Blooming, da Bolívia, na altitude, por 1 a 0. Depois, o time venceu a Universidad Católica, do Chile, na Bombonera por 2 a 1 e fechou o primeiro turno empatando com o Peñarol sem gols, no Uruguai. No returno, fez valer sua grandeza e ganhou os três jogos: 6 a 1 nos bolivianos, 3 a 1 fora na Católica e fechou com o mesmo placar diante dos aurinegros. Com isso, passou em primeiro com 13 pontos.

O mata-mata começou contra o El Nacional, do Equador. Por fazer melhor campanha, decidiu em sua cancha. Na ida, 0 a 0 e na volta, um passeio na primeira etapa. O Boca fez 5 a 1 e somente administrou no segundo tempo, tomou dois gols, ficando 5 a 3, mas passou.

O duelo seguinte, nas quartas de final, foi o superclássico contra o River Plate, também com decisão em La Boca. O jogo de ida foi favorável aos millonarios, com gols de Ángel e Saviola para os locais e Riquelme para os visitantes, o placar ficou em 2 a 1. Em casa, não houve chance para o River Plate. Apesar do primeiro tempo terminar empatado, nos 45 minutos finais, Delgado, Riquelme e Palermo fizeram a festa boquense. Confira outros superclássicos em Libertadores clicando no link abaixo:

A semifinal foi contra um mexicano, o América do México, e a decisão foi apertada. No jogo de ida, em Buenos Aires, 4 a 1, com gols de Arruabarrena, Barrijho (2) e Marcant antes dos 25 minutos, o time da América do Norte fez com Silva. Era um passeio xeneize e o confronto parecia definido. Parecia. A volta foi disputada no Estádio Azteca. Luis Calderón abriu o placar aos 12 minutos em jogada de escanteio, Raphael Estay aumentou no segundo tempo para os mexicanos. Um gol e era o empate no agregado. E ele veio com Calderón novamente aos 36 do segundo tempo e também num escanteio. Também de cabeça, dois minutos depois, após cruzamento de Riquelme, Adrián Samuel fez o tento da classificação.

A final seria contra um brasileiro, o Palmeiras, que eliminara o Corinthians na semifinal. O jogo de ida foi em La Bombonera e o time de Carlos Bianchi teve o brilho do lateral-esquerdo Rodolfo Arruabarrena, que marcou duas vezes, mas viu Pena e Euller empatarem a disputa. 2 a 2 e decisão no Estádio do Morumbi.

Há 20 anos, para quase 70 mil pessoas, o Boca conquistava sua terceira Copa Libertadores. O time da casa, o Palmeiras de Felipão, entrou com Marcos; Roque Júnior, Argel, Rogério, Júnior; Marcos Galeano, Carlos Sampaio, Alex; Pena, Euller e Marcelo Ramos. Já o time campeão veio com Óscar Córdoba; Hugo Ibarra, Jorge Bermudéz, Walter Samuel, Rodolfo Arruabarrena; Sebástian Battaglia, Cristian Traverso, José Basualdo, Juan Román Riquelme; Guilhermo Barros Schelotto e Martín Palermo.

O jogo foi 0 a 0 com erros de arbitragem para os dois lados. Sem gol fora de casa, a decisão ia para os penais, assim como na primeira Libertadores do Boca, em 1977, diante do Cruzeiro. Alex fez para o Palmeiras, Schelotto empatou. Faustino Asprilla e Roque Júnior perderam para o alviverde. Riquelme e Palermo confirmaram a vantagem. Rogério até tentou salvar, mas a Copa era argentina, José Bermudéz converteu e deu a América para o Boca.

 
No Morumbi, a festa foi argentina com a terceira Copa do Boca (Evelson de Freitas).
 

Foto de capa: Arquivo/Conmebol